segunda-feira, 6 de novembro de 2017

MUDE entre as obras trôpegas da Soares da Costa

MUDE (ex-sede do BNU)
- O que é o MUDE? – perguntava-me há dias um amigo, quando citei a palavra.
- É o Museu de Design e da Moda que está a ser construído por remodelação da sede do extinto BNU, num perímetro delimitado pelas Ruas Augusta, da Prata, de São Julião e do Comércio – respondi. E acrescentei: - consultas o ‘site’ do MUDE e tens lá história inteira do edifício.
Bom, a conversa prosseguiu e lá expliquei ao meu amigo que a obra, adjudicada pela CML à Soares da Costa, como empreiteiro principal, está a sofrer atrasos atrás de atrasos. O motivo destes e de frequentes paralisações resulta de falta de pagamentos, pela Soares da Costa, a subempreiteiros e trabalhadores.
Hoje, por outro lado, dou conta da seguinte informação no ‘Jornal de Notícias’:
Ao ler a notícia, interroguei-me a mim próprio por que razão a Câmara Municipal de Lisboa não toma uma decisão idêntica em relação à obra do MUDE? … E assaltou-me, de novo, a dúvida se foi correcta a adjudicação pela CML à Soares da Costa, uma vez que, desde longa data, esta sociedade atravessa um período conturbado de insolvência e de processos de PER, ora apresentados, ora travados por tribunal.  Julgo até mais: devido a dívidas ao Estado, e à CGD que também é pública, a Soares da Costa não tinha condições para ser adjudicatária.
Parece-me mais do que lamentável, e mesmo lesivo do interesse público, que um edifício com salas revestidas por mosaico de Murano Dona Bizantinoque, madeiras exóticas, sépia sobre folha de ouro e outros requintes seja tratado com tamanho desleixo, dado o desprezo da autarquia pelo controlo da empreitada, no local.
O ‘síte’ do MUDE tem a seguinte mensagem: “Edifício Encerrado ao Público para Obras”. Seria óptimo que estas obras terminassem, e bem, no respeito pelo valor histórico do edifício.

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