É consabida a descoberta acidental da Penicilina por Albert Fleming. O início da comercialização do histórico antibiótico teve lugar em 1941. Teve enorme sucesso na terapia da tuberculose e foi fundamental para a salvação de vidas no final e período pós II Guerra Mundial.
Comandado pelo bancário muito, muito inteligente e diligente Paulo Macedo, assistido pelo funcional, anti-burocrático e eficaz Infarmed, o sistema de saúde português está a fazer um ensaio da maior importância para medir, com rigor, os efeitos da inexistência de Penicilina em Portugal, desde Dezembro de 2014 a (é previsão) 20 de Abril de 2015.
À custa da morbidez e da eventual mortalidade de alguns portugueses, alguém ficará a saber o custo humano de viver sem Penicilina durante considerável período de tempo, na sociedade actual.
Note-se que, uma vez dispensados da II Guerra Mundial, não temos a noção real e directa da incidência em perdas de vidas humanas da falta do famoso antibiótico nesse período histórico. Jamais teremos acesso a esse resultado, assim como ao número de atingidos - e como - pela falta de antibiótico nas unidades de saúde portuguesas durante praticamente 5 meses.
O que nos vale é vivermos no esplendor do mercantilismo e Paulo Macedo, transformado num verdadeiro Fleming nacional lá descobriu um novo fabricante da substância activa do medicamento, Lentocilin, que permitirá regularizar abastecimento do mercado, a partir da 2.ª quinzena de Abril.
Os médicos classificam de gravíssima a situação relatada e Macedo, o melhor ministro do actual governo, lá vai coleccionando factos e episódios para juntar ao volumoso currículo em produção, visando alcançar o primeiro lugar dos piores Ministros de Saúde que tivemos desde sempre.
Neste momento, é o nosso Albert Fleming... à portuguesa e sem bolor, claro.
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