No mundo, mas na Europa em especial, o futebol tornou-se em desporto (?)
imundo. Empresários, jogadores e grandes clubes são actores dessa indústria do ‘pontapé
na bola’. Vergonhoso e ofensivo para milhões de crianças, mulheres e homens que padecem de fome e de falta de paz a nível global.
Na última noite, como milhões de outros cidadãos portugueses, às 2h40m da
madrugada dormia tranquilamente. Porém, a essa mesma hora, um monte de energúmenos,
vestidos por fora e por dentro de verde ou vermelho, confrontavam-se em
agressões e desacatos, nas cercanias do Estádio da Luz. Resultado: um morto, de
nacionalidade italiana, adepto do Sporting e militante férreo de uma claque da
equipa do ‘Florentina’, considerada a 2.ª mais violenta de Itália.
Que nojo!, como diz o meu neto. Todavia, a crispação e a violência são o
produto natural da péssima qualidade, como homens e cidadãos, dos dirigentes de
clubes de futebol, com destaque para odiosos presidentes dos grandes clubes. Os
“madureiras” andam por todo lado, actuando impunemente no Porto ou em Lisboa,
cidades residenciais dos citados três grandes, mas muito, muito minúsculos em
termos de dimensão humanista ou meramente desportiva.
A comunicação social, em especial os principais canais televisivos, também
disputam, com os nefastos dirigentes, o patrocínio do vandalismo à volta do
futebol, com programas semanais, de horas e mais horas, em que semianalfabetos,
ou pouco mais do que isso, exprimem o incitamento ao ódio de acéfalos espectadores.
Ainda ontem, ao ligar a TV, cinco canais televisivos transmitiam em simultâneo
as declarações de um treinador de futebol conhecido pela ignorância do
Português, como língua. Que nojo!, repito!