sábado, 22 de abril de 2017

O atentado em Paris e a inquietação dos democratas em França e no mundo

Investigações policiais à residência do terrorista Karim
O Daesh, como é notório, é forte aliado da extrema-direita e dos nacionalistas que, como sublinhei aqui, estão a proliferar com sucesso em diversos países do mundo.
Publicado antes de mais um abominável acto de terror na capital francesa, em que o assassino Karim Cheurfi, igualmente morto na ocorrência, tirou a vida a um agente policial nos Campos Elísios, inseri na citada mensagem o seguinte parágrafo:
A democracia francesa salvar-se-á do poder de uma nacionalista, xenófoba e antieuropeísta convicta, apenas porque o sistema eleitoral do País prevê uma 2.ª volta e, aí sim, o candidato vencedor será quem recolher mais do que 50% dos votos expressos – Macron, dizem também as sondagens, é considerado o favorito.
Hoje, de certeza, não exprimiria tal pensamento. O atentado cometido constituiu forte auxílio para as hostes da xenófoba Marine Le Pen. O seu partido, Frente Nacional, na imprensa em geral o em The New York Times em particular, ganhou um precioso alento através do terror. A D. Pen e acólitos, no íntimo, estão gratos pela desgraça. Agora, para seu contentamento, regista-se a subida para 25% de votantes indecisos, havendo 58% de eleitores dispostos a mudarem o sentido do voto.
Todavia, em relação à vaga direitista a que o mundo actual está submetido, é forçoso reconhecer igualmente o optimismo de Donald Trump no tocante aos benefícios de Marine Le Pen pelo criminoso acto que o Daesh reivindicou. Deve-se ter presente que a ‘Trump Tower’, em Nova Iorque, foi visitada com inefável afecto por Marine, dias após a vitória da nefasta figura nas eleições presidenciais dos EUA, em Novembro de 2016.
Esperemos, e a expectativa é mera consideração de fé, que a direita nacionalista e xenófoba saia derrotada em França, ainda que isso possa suceder na 2.ª volta. A Europa e o mundo carecem de paz, solidariedade e liberdade.

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