quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Ópera no Café Iruna de Pamplona

Café Iruna, Pamplona
O vídeo é muito conhecido. Eu próprio o publiquei há anos, como, então, autor do blogue 'Aventar'. 
Estava a ouvir ópera, enquanto lia. Não resisti à tentação de ser redundante. Volto, portanto, a publicar o video em causa neste meu recanto (Solos sem Ensaio). 
A boa música é sempre confortante para o espírito. Mesmo para os frequentadores do Café Iruna, em Pamplona, que foram surpreendidos com uma excelente, alegre e entusiasmante interpretação de ópera. 
A gravação foi feita no Dia Europeu da Ópera em 2010. O tempo corre como a água imparável dos rios, mas ver e ouvir este vídeo é desfrutar dos prazeres deliciosos da boa música:





terça-feira, 29 de novembro de 2016

O ex-banqueiro Domingues e o editorial do ‘Público’

O editorial do 'Público'

O desempenho deplorável dos bancos foi e é, a nível internacional e nacional, a causa principal da crise a que o mundo está submetido; também, por falta de regulamentação e de acção dos governos dos principais países ocidentais – Lehman Brothers, Goldman Sachs, Lloyd’s Bank de Osório e o secretíssimo Deutsche Bank são, apenas, escassos exemplos de autores dessa crise e do empobrecimento de milhões de seres humanos, assim como da obscena desigualdade a que a larga maioria da população mundial está condenada.
Portugal não se furtou ao terrível fenómeno, não deixando, por isso, de ser atitude insolente e reprovável publicar um ‘editorial’ que, no fundo, constitui uma desajeitada tentativa de branquear o comportamento de um tal Domingues, que se demitiu da presidência da CGD, transferindo, no respeito pela versão da oposição e seus acólitos, as responsabilidades para o primeiro-Ministro António Costa e sua equipa das Finanças Públicas.
Vamos lá colocar os responsáveis e suas acções no lugar devido. Primeiro, e afirmo-o com convicção, António Costa jamais deveria ter cedido às exigências dessa figura estranha chamada Domingues que, no andar, nos gestos e nas parcas palavras, me faz lembrar – nem eu sei por que razão – o Eusebiozinho, doentio, manhoso, indolente e neste caso enigmático, dados os traços semelhantes à conhecida personagem dos ‘Maias’.
Domingues, como Jardim Gonçalves, Teixeira Pinto, João Rendeiro, Ricardo Salgado, Oliveira e Costa, parte menor de uma longa lista de outros, são responsáveis por causar um custo estimado em 20 mil milhões de euros aos contribuintes do País, em actos que a Justiça Portuguesa tarda em julgar. Têm sido poupados a críticas da imprensa portuguesa, maioritariamente de direita.
Toda essa gente tem beneficiado de um breve tempo de expiação. Durante uma sesta, evaporam os seus ‘problemas de consciência’, se é que alguma vez os sentiram. Todos se julgam inocentes. Hipocritamente.
Haveria provas inequívocas de politização, anos a fio, da CGD negociadas e accionadas pelo ‘centrão’ (Rui Vilar, João Salgueiro, António de Sousa, Oliveira Pinto, Vítor Martins, Faria de Oliveira, Carlos Santos Ferreira…) Por que motivo estes gestores, politicamente comprometidos, não são citados no editorial como responsáveis pela situação de descapitalização do citado banco público? O ‘editorialista’ lá saberá do interesse e dos motivos para a omissão.
Todavia, para terminar ainda de forma mais grotesca e lesiva do interesse nacional, o ex-fundador do ‘Observador’ e assessor de Durão Barroso escreve:

"O resto do plano de recapitalização é que terá que esperar pela próxima administração. Desde logo a emissão obrigacionista de mil milhões de euros (para privados), condição imposta por Bruxelas para que a operação não seja classificada como um auxílio público. A operação é sensível,porque para que os investidores respondam positivamente, terão deacreditar na estratégia de capitalização e ter a certeza que a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, a DGCom, a aceita. Só depois disso poderá vir o restante montante, via Estado português."

Tudo isto consubstancia um desejo e um desprezo sinistros em relação aos interesses do País - querem a CGD privatizada. A agência de ‘rating’ DBRS considerou esta tarde que, devido aos problemas de atraso na recapitalização da CGD, poderá classificar esta como ‘lixo’, o que poderá ser mais um motivo do nefasto contentamento do editorialista.
Que tipo de escribas são estes? Sei a resposta, mas por decoro, fico-me por lhes chamar  ‘porcos neoliberais’. Antipatrioticamente, lutam desesperadamente por ver o País regressar às insolvências, desemprego e deterioração dos bancos da responsabilidade e herdada de Passos Coelho e da amanuense Maria Luís de Albuquerque? Tristes trastes!

sábado, 26 de novembro de 2016

Freddie Mercury , uma homenagem atrasada

Há dois, 24 de Novembro, completaram-se 25 anos da morte de Freddie Mercury. Pianista, compositor e cantor, Freddie foi a alma dos 'Queen'. Uma voz poderosa e arrebatadora, com um tipo de registo invulgar e emocionante. Morreu a 24 de Novembro de 1991. Precocemente, aos 45 anos de idade. No auge da brilhante carreira. 
Devo-lhe esta homenagem singela em sua memória, sem deixar de recordar, emocionado, a obra que nos legou e que é de todos os tempos.
Comemoro o seu inegável talento, através de um 'vídeo' com outra grande senhora da música, a soprano Montserrat Cabellé, nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1988. A melodia intitulava-se justamente 'Barcelona':



sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Execução orçamental de Outubro de 2016? Então vamos a contas!

Uma primeira e habitual advertência: os números da execução orçamental são calculados segundo os critérios da ‘Contabilidade Pública’, i.e., na base dos fluxos de caixa (ingressos e saídas de dinheiro da Administração Central e da Segurança Social.)
O SEC (Sistema Europeu de Contas de 2010) estabelece que o registo das operações se deve efectuar de acordo com o princípio da especialização económica, ou seja, no momento em que o valor económico, os direitos ou as obrigações são criados, transformados ou extintos e não no momento em que os fluxos financeiros ocorrem, como sucede com um registo em contabilidade de base caixa. Este é o critério de base, ‘Contabilidade Nacional’, aplicado pelo Tratado de Maastricht.
Sucede normalmente que os resultados de um outro sistema de Contabilidade, Pública ou Nacional, são divergentes em termos de défice ou superavit (excedente) das Contas Públicas.
No fundo, é esta trama árdua de relatar conceitos e regras, impostas pelo Tratado Orçamental, em que Portugal e os países da Zona Euro estão envolvidos – e já nem foco o ‘défice estrutural’, esse aberrante instrumento utilizado para justificar regimes de austeridade impostos à economia.
Conquanto os dados da execução orçamental, ontem divulgados pelo Governo, comportem um défice de – 4.430 milhões de euros em ‘Contabilidade Pública’, é de prever que o País venha a cumprir, em ‘Contabilidade Nacional’, um défice até 2,5%, exigido de forma despótica por Bruxelas – lembre-se que o limite do défice do PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento) é de 3%, segundo normas da Zona Euro.
Ponderados todos estes caminhos turvos das ‘contas públicas’, o facto é que, em Outubro de 2016, Portugal melhorou o défice em ‘Contabilidade Pública’ no valor de 356,9 milhões de euros, comparativamente ao período homólogo de 2015. Prevê-se como natural que venha a cumprir a meta dos 2,5%, ou menos um pouco, alcançando, destarte, o mérito da saída das ‘regras de procedimento por défices excessivos’.
Os cépticos da solução da ‘geringonça’ estão decepcionados com o desempenho das ‘contas públicas’. A política de reversões e de redução drástica da austeridade deixou-os imobilizados ou, em alternativa, a enredar-se numa sucessão de dislates.
Todavia, não é apenas a oposição da PSD e do CDS que terão de renunciar à maldição desejada. Uma breve leitura pelo ‘site’ de Economia e demais informação publicada levam-nos à conclusão de que os incrédulos, não há muito tempo, eram também implacáveis com o País, apesar de se terem na conta de instituições respeitadas (?)

  1. O FMI tem dúvidas que o défice português em 2016 e 2017 fique abaixo dos 3%. (Set-2016).
  1. A agência de ‘rating’ Fitch prevê que no final de 2016, o défice português vai atingir 3,4% do PIB nacional. (Agosto-2016)
  1. O Barclays aponta para um crescimento do PIB nacional inferior a um por cento este ano e um défice que será superior a 4% do produto.
  1. CFP, Dra. Teodora, melhorou a previsão para um défice de 2,6% em 2016 (Agosto-2016)
  1. A OCDE piora previsão do défice português para 2,9% em 2016 e admite mais medidas (Junho-2016)
  1. UCP/NECEP: não há informação pública suficiente para estimar se o défice público ficará abaixo de 3% em 2016

Como é óbvio, temos à disposição, para a mesma variável (défice), processos de adivinhação diversos e muito distintos. Chamar a isto jornalismo ou trabalho institucional e académico sério é uma indesculpável afronta. Que credibilidade merece este conjunto de cientistas de almanaque? Nenhuma. A ‘Fitch’, FMI, OCDE e Barclays jamais recuperarão a confiabilidade para comentar e criticar a economia portuguesa, sem que demonstrem preocupações de rigor.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Pedro Passos Coelho em desespero

A Dr.ª Teodora calou-se. A UTAO emudeceu. Estes silêncios são desesperantes para Pedro Passos Coelho. São coisas do Diabo!
Para suprir essas falhas de comunicação, Pedro Passos Coelho (PPC) realizou uma reunião de 40 minutos com os deputados do PSD. 
As declarações de PPC são exaustivamente descritas pelo ‘Observador’, uma espécie de ‘Bandarra’ da direita neoliberal portuguesa, em ‘site’ electrónico.
Coelho fixou exasperado porque o IGCP, dirigido por Cristina Casalinho por si nomeada, antecipou um pagamento ao FMI de dois mil milhões de euros, poupando 41 milhões de juros. 
O frustrado Coelho entende que diminuir dívida externa, paga a 4,5% ao FMI, é uma medida lesiva do interesse nacional. É mesmo a total exasperação do homenzinho que, a cada minuto, hora e semana, se apercebe que, mais cedo do que tarde, vai ser afastado da liderança do PSD.
Com a alegoria a foguetes intempestivos, mais a mais em época do ano em que a diversão da romaria cede o lugar à comodidade do lar, o mesmo homenzinho, por enquanto líder do PSD, considera que o executivo de António Costa (AC) fez esse pagamento, porque atrasou a recapitalização da CGD para 2017.
O que também o deixou embravecido foi o facto do presidente Marcelo Rebelo de Sousa ter expressado com clareza que estamos a viver um período de estabilidade. – Estabilidade não é confiança! – sentenciou Coelho no tom de idiota arrogante, de quem está convencido de que haverá uma maioria de portugueses que acreditam no que vai comunicando.
Com a ameaça de afastamento do PSD, acicatada pela popularidade e resultados de sondagens favoráveis ao governo de AC, acrescentou mais um disparate ao discurso: - É um governo que não merece governar 4 anos. –
Sabe-se que o grotesco epíteto da ‘geringonça’, da autoria de duas figuras asquerosas da política portuguesa (Pulido Valente, falso nome de Correia Guedes, e Paulo Portas); esse epíteto, dizia, criou em PPC a expectativa de que o executivo actual tinha vida curta. Mas, como é limitado de inteligência e está viciado na cultura de ditos e mexericos, talvez o PSD, não ele que está de partida, tenha de esperar 4 anos de mandato de AC, a fim de chegar ao paraíso do ‘radicalismo do amor’, ideia apaixonada da ex-companheira de governo Cristas, uma romântica indisfarçada.
A terminar: Passos Coelho nunca explicou como reduziria o financiamento de 600 milhões de euros à Segurança Social, tornando-se, portanto, mais absurdo vir criticar os 430 milhões de “cativações permanentes”, segundo palavras suas. Contradicções e mentiras, é sabido, são a sua especialidade.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A Coimbra Editora moribunda?

A pergunta é uma inquietação. Natural, julgo eu, para quem vive e se regozija com as características históricas dos ícones urbanos das cidades portuguesas.
Direito jamais foi o meu curso. Sou economista, licenciado (ISCTE) e mestrado (UCP). Nos cursos frequentados, era, porém, exigida formação em certas áreas jurídicas. Eu, e todos os meus camaradas de estudo, tivemos de começar pela ‘Introdução ao Estudo do Direito’, do Professor Castro Mendes (FDL) e prosseguir com ‘Direito Económico’, ‘Direito Fiscal’ e ‘Direito do Trabalho’; este o mais desprezado por perversos professores da direita.
Por força da via profissional, senti-me obrigado a abordar outros ramos de direito. A livraria da Coimbra Editora, na Rua Nova do Almada, foi sempre o meu local regular de visita de leitor compulsivo, por culpa própria ou exigência de saberes que as empresas onde trabalhei me impunham.
È bastante consternado que hoje, dia 21 Novembro de 2016, soube da incompreensível falta de decisão sobre o 2.º PER (Processo Especial de Revitalização) a que a Coimbra Editora recorreu. O caso torna-se ainda mais inconcebível, uma vez que, a 22 de Janeiro de 2016, o ‘Jornal de Negócios’ anunciava o seguinte:


Os 60 dias já lá vão e há muito. A maldita ‘suspense’ permanece.
Em 1920, se lá chegar, a Coimbra Editora comemorará 100 anos de existência. Será, de facto, frustrante vir a saber-se que, afinal, a produtora de vasta obra jurídica está moribunda e não escapará à falência. 
Coimbra e Lisboa, e outras cidades por onde ainda circulam os restos de obras de direito de grande qualidade, se a desgraça se confirmar, ficam despojadas de um centro de difusão de cultura jurídica de enorme valia – sem ponta de comunhão ideológica, cito apenas os 5 volumes de Pires de Lima e Antunes Varela (Código Civil Anotado) que, no conjunto, são impossíveis de adquirir no todo. É uma obra ímpar e está esgotada, a não ser que aqui  e acolá nos contentemos com um volume solto e meio-perdido.
O ‘Chiado’, com a 'Bertrand' como segunda livraria mais antiga do Mundo (a primeira é em Tóquio) e com a recuperada ‘Livraria Sá da Costa’ fica mais pobre se a Coimbra, à semelhança da Livraria Portugal, desaparecer.
Todavia, é preciso dizê-lo: o ‘Chiado’ naturalmente não se queixa. Quem fica triste são aqueles que adorariam ver prolongado no tempo lojas tipicamente nacionais, que vão dando origem à Zara, à Benetton, à Massimo Dutti, à Bershka e a outras que vão transformando a parte nobre da nossa cidade em espaço de ‘Feira da Ladra’ da era pós-moderna. Estabelecimentos de trapos e trapinhos.
Apenas para terminar, e com a devida relatividade, o encerramento da Coimbra causaria igual desgosto ao que senti quando me apercebi da transformação da ‘Colombo’ e do ‘Café Roma’ em restaurantes McDonald’s – fenómenos da gentrificação equivalentes aos que transformam águas-furtadas de Alfama em mansardas de aluguer temporário, para turistas que desvirtuam e perturbam a vida bairrista.
É o negócio.


domingo, 20 de novembro de 2016

E.U.A., o país desconcertante de Yves Moor e Donald Trump

Pátria do marketing, os E.U.A. registam um período histórico não longínquo, mas recheado de eventos, contradições, especulações e de um tecido humano desde sempre complexo.
A despeito do fim da escravatura, da hipocritamente negada arrogância dos sulistas, da falsidade de progressos sociais, a coesão económica e social do País é um mito. A eleição do fascista Trump – atente-se ao tipo de equipa política que está a constituir – foi um fenómeno aberrante e de difícil compreensão, sobretudo nos círculos culturais mais avançados do mundo. De facto, é inevitável ficar estupefacto quem vê eleger Trump, passados quatro anos de ter renovado o mandato do primeiro presidente negro dos E.U.A., Barack Obama.
Sociólogos, analistas políticos e comentadores, alguns tidos como sábios, têm-se desdobrado em análises e justificações herméticas e até ininteligíveis. Com o desempenho e o tempo, vamos, espero, poder ler e sentir a realidade da presidência de Trump para os E.U.A. e para o mundo.
Felizmente, e agora é mais um episódio da História, um povo e um País, grande ou pequeno, não pode ser avaliado histórica e politicamente pelo mandato de um líder político. Trump, como Salazar em Portugal, terá o seu tempo e inevitavelmente um legado a julgar. Aí sim, é possível realizar o balanço do desempenho político do bilionário mediático, xenófobo, misógino e racista.
Todavia, sublinho, felizmente os E.U.A. não se reduzem a Trump. Outras figuras dignificaram a história e a cultura do País. Pena é que, fruto do vício do marketing, incrustado na sociedade com capital em Washington, haja gente de muito valor que o grande público, e mesmo os pseudointelectuais dos ‘media’,  ignorem.
Tudo isto vem a propósito do livro “Os Herdeiros do Vento – Antologia Apócrifa” de Joaquim Pessoa, que vou lendo.
Na página 141, entre o mais, Joaquim Pessoa escreve:

“… Por isso, o estranhíssimo caso de Yves Moor é deveras espantoso, e ainda hoje constitui motivo de assombro para obstetras, psicólogos, críticos literários.
Nascido em Amedford, Oregon, E.U.A., em 1922, morreu prematuramente com dez anos de idade. …”
Precoce na inteligência, Moor deixou-nos o seguinte poema:

“Não tenho nada
nada a não ser a erva húmida sob os meus pés descalços
nada a não ser o fresco alento da noite sobre os meus ombros
nada a não ser este fogo
onde aqueço as minhas mãos
nada a não ser o canto das cigarras
nada a não o crepitar dos ramos na fogueira
nada a não ser o brilho cúmplice e distante
daquela estrela
talvez já apagada
cujo raio viajou milhões de anos
para chegar esta noite
até mim.”
Quem assim confessa a pouquidade, aos dez anos de vida, jamais será derrotado pelo dinheiro do bilionário beleguim que sempre se prostituiu em faustosa e abjecta vida. Maior riqueza do que a sensibilidade e sabedoria é, neste caso, uma enorme penúria.

Nos E.U.A. há Trump e houve Moor. Ou o mau e o bom, segundo a nossa tradição judaico-cristã. Ou ainda o reles ignorante e mau e o génio precoce e sábio que partiu prematuramente, mas ficou para sempre no espaço mais sublime da vida humana. 

terça-feira, 15 de novembro de 2016

O PIB do 3.ºT de 2016, a realidade e as previsões da Universidade Católica

Foi o Diabo! A direita hoje levou um murro no estômago. No ‘site’ do INE, pode ler-se:
O Passos ficou endiabrado de desespero. Mas sorumbático. O Montenegro caiu nas trevas, do cume ao sopé. O Marco António lamentou para a Cleópatra, Maria Luís. Esta argumentou que o INE errou.
É esta a gente de direita que temos, com quem a Universidade Católica, de ‘Opus Dei’ e Jesuítas, alinha na trampolinice, comportamento que acasala no som com Trump, o herói do populismo, da xenofobia e do racismo. 
É bom que se lembre que, ainda ontem, na imprensa, Jornal de Negócios salvo erro, se referia o prognóstico desse antro de abjectos estudiosos da UCP/NECEP. Lembro a previsão:
Frequentei a UCP durante três anos. Sei do que falo e de quem falo. O rigor exigível a um académico é distorcido continua e propositadamente por um corpo docente na maioria fanático e de direita. Sem respeito pela exactidão científica.
A superioridade do saber e do ensinar é, em muitos dos professores, uma falsidade. Disfarçada, em muitas disciplinas, por propaganda política e falta de imparcialidade. Não me surpreende que as previsões da UCP/NECEP, na véspera, tenham sido anunciadas nos jornais com 0,2% do acréscimo em cadeia e 1,0% para o período homólogo – os valores reais foram bastante acima: 0,8% e 1,6%, respectivamente. No período homólogo, i.e., relativamente ao 3.º T de 2015, a UCP, através do NECEP, previu apenas 60% do resultado efectivo.
Creio que estes factos e mentiras, como muitos outros fenómenos e comportamentos no seio da Universidade Católica, deveriam envergonhar a equipa incompetente de professores e eventuais assistentes, tão arrogantes no trato que ousam ser gente desonesta, insensata e dotada de enorme imbecilidade.
Como augura o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, oxalá a economia caminhe neste trilho de sucesso até ao final do ano. Para bem do País.