Segundo se lê na imprensa
portuguesa, mas também em ‘The New York Times’, a controversa UBER, a par de outras empresas, decidiu
desenvolver um programa experimental de recurso a viaturas de condução
automática (self-driving, em inglês). Resultado: uma dessas viaturas, em certo
cruzamento da cidade de Tempe, no Arizona, colheu e matou uma senhora.
Sem qualquer interesse na defesa
dos tradicionais táxis, onde, reconheço, há uma falta de educação crónica e
generalizada de condutores, confesso não ser amante da UBER ou de qualquer
outra plataforma do género. Com demasiada frequência, e em especial sobre a
UBER, tenho-me deparado com notícias negativas: divergências a nível dos órgãos sociais no centro do poder da companhia
nos EUA; mau funcionamento e exploração dos motoristas denunciados por jornais
prestigiados norte-americanos; violação na forma concretizada de uma passageira
na Índia por parte do motorista; vários actos de violação na forma tentada em outros
países. Enfim, um role de casos repugnantes, que ficou alongado com o
triste acidente no Arizona.
O objectivo mais desejado da
UBER, sabe-se, é maximizar o lucro. Carros sem condutor traduzem-se na
eliminação de custos e postos de trabalho. Como teorizou Thomas Pikkety, em ‘O
Capital do Século XXI’, dos poucos trabalhadores a furtarem-se à
desigualdade de rendimentos, contam-se os qualificados, em particular os que
vivem de actividades nas áreas das novas tecnologias. Todavia, é preciso tomar
em atenção que grande parte das mais-valias duráveis e aplicadas nos bens
produzidos, neste caso carros sem condutor, são transmitidas a favor dos
investidores, como rendimento de capital crescente.
O acidente em causa é, acima de
tudo, um acontecimento trágico para quem morreu, familiares e amigos. Igualmente
dramático é aquilo que significa ainda o desvario da ganância do capitalismo
actual, na procura de obter rendimentos ainda mais elevados através da
supressão de postos e de baixos rendimentos de trabalho.
Agora falamos de um carro de condução
automática, multiplicando-se a extinção do trabalho humano através de outras
viaturas do género, de equipamentos e sistemas tecnológicos sofisticados e em
particular da robótica. É a vaga da Inteligência Artificial que, no Arizona, se
revelou dramaticamente estúpida (como estúpido é o diálogo entre o robô Sofia e
Cristiano Ronaldo, no anúncio da MEO, agora recorrente nas TV’s).
O brilhante físico Stephen
Hawking, falecido há dias, na última ‘LIsbon Web Summit’, deixou uma
advertência séria, de ameaça de riscos graves para a humanidade. Já não nos
limitamos apenas ao caso da morte do Arizona ou à substituição de postos de
trabalho por robôs. Com total transparência, Hawking, entre outras
considerações, deixou o aviso:
É útil ler o texto da CNBC, no
qual se referem os perigos da ‘Inteligência Artificial’, entre os quais os
riscos de armas autónomas, de destruição maciça. Foi um dos últimos legados do
ilustre sábio, Stephen Hawkings, ao mundo, em especial a cidadãos conscientes e
a políticos que, a meu ver, desvalorizam a complexidade do tema.
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