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O patriótico PIN |
Temos uma desafinada cantata, ou
seja, um cantarolar, no caso, a meia voz, sem o cuidado de seguir a disciplina da
letra ou da música; esta última, como metáfora de harmonia melódica, iguala a
falta de estética dos ‘falsetes’ do PM de ‘tenor’ ou ‘barítono’ de frustrada voz
– com quem um, Miguel
Relvas, sempre fez coro.
Por oito vezes, oito vezes, o PM,
Passos Coelho, no congresso perguntou:
A mesma interrogação poderia ser
feita por José Sócrates na imaginária aprovação do PEC IV. Um e outro, e alguns são ‘farinha
do mesmo saco’. E, da mesma farinha, é evidente que o ´pão’ é resultado da mesma
massa; mal ou bem cozida, os efeitos de indigestão socioeconómica seriam, pelo
menos, semelhantes: desemprego, pobreza, miséria e catanadas no Estado Social.
A
CE, tão solidária com o FMI e naturalmente com o BCE, na política de
consolidação orçamental, ainda que esta se traduza em eliminação de empregos,
pobreza e até fome, veio hoje a público dar notícias pouco consistentes para a
Zona Euro e, em especial para Portugal:
“Bruxelas especifica, no entanto, que as suas previsões para Portugal só serão consolidadas no decurso do processo da 11.ª avaliação da execução do programa de assistência económica e financeiro associado à ajuda externa que prossegue actualmente em Lisboa. Isso significa que as previsões avançadas agora para 2014 e 2015 – um crescimento positivo de 0,8% e de 1,5% respectivamente – são meras estimativas baseadas na anterior revisão do programa, em Dezembro.”
Há dúvidas, muitas dúvidas quanto
a futuro imediato e a médio prazo para a Economia Portuguesa. Todavia, logo de
seguida, Oli Rhen, depois da sauna, quiçá também de alguma vodka, veio garantir:
Este homem, nórdico e economista de
um país em queda (Finlândia), justifica indirectamente que Maria
João Avillez, à semelhança do que fez a Gaspar, escreva e mande editar um
livro dos “magos contemporâneos” com as memórias do comissário. Se ele Rhen diz, é profecia divina.
O que de, facto, é lamentável é o
povo português, conformista e mansarrão, continuar a acreditar nesta gente. Um
exemplo: A CE programa que a criação de emprego em 2014 será de -0,4%. Criação
de emprego ou de desemprego? Da cínica semântica de mascarar “criação” com “redução”
é uma aleivosia sem classificação. À CE, mas também à Coelho e à Portas; ou à
moda de ser ‘rapace’ nesta Europa e neste País dos tempos de irracionalidade do
racional.
Bem podem Passos e Seguro
esgrimir argumentos: ‘cautelar’ ou ‘saída limpa’? Ou reestruturamos à pesada
dívida – mais pesada 40% do que no tempo de Sócrates – e continuamos a castigar
os portugueses com elevados impostos (+
10,4% ufana-se a idiota Albuquerque) ou, não sendo suficiente o castigo, provoca-se
a morte mais cedo daqueles que, vivendo mais de 60 anos, têm de ser varridos
das listas de reformados e pensionistas. Quanto a jovens, não há obstáculos:
emigram em e à força!
Silva
Lopes não está de acordo com a reestruturação. Retire-se! Ainda não
quis perceber da impossibilidade de Portugal cumprir as condições e os prazos de
regularização da dívida. Abdique das chorudas reformas de que usufrui ou então,
como exemplar acto, suicide-se!