quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Medina, o bufo, o MP e a comunicação social

O bufo, sobretudo na gíria política, é o ignóbil delator que, mediante perspectivas de interesses próprios e daqueles de quem é serventuário, usa a denúncia difamatória e covarde contra adversários. Foi assim no Estado Novo e, ao que se percebe, a prática retomou o percurso no MP da Dr.ª Joana Vidal - Compra de casa por Fernando Medina está a ser investigada pelo Ministério Público, anunciava ontem o jornal 'Público'
O meu objectivo não é defender Fernando Medina; nem ele precisa. O que me causa enorme revolta é, de facto, o mais do que aparente conluio entre o MP e certos órgãos de comunicação social que, sem olhar a meios, caluniam e injuriam quem, em democracia, pensa e opta por ideias diferentes - e não me venham com o argumento de que sou um defensor de Sócrates, porque, no caso deste, há diversos textos do meu blogue em que expressei a minha oposição ao anterior primeiro-ministro socialista.
Do que se trata apenas, e é muito, é da práxis recorrente da choldra do CM e CMTV se estar a propagar a outros jornais e canais televisivos, ditos de referência. O 'Público', de que sou assinante, também acusou Medina de fazer dois bons negócios
O bufo anónimo, o MP e certa comunicação social constituíram um triunvirato acusatório, ao nível do sistema judicial que Franz Kafka denunciou em 'O Processo', essa obra-prima da literatura publicada em 1925. 
Joseph K., a personagem principal, é processado e executado sem conhecer os fundamentos da acusação e sem ter exercido o direito de defesa. Há uma frase no livro, proferida por um padre, que é a seguinte:
- O veredicto não surge de imediato, o processo judicial transforma-se aos poucos em sentença.
É rigorosamente isto que se pretende fazer a Medina. Acusaram-no em Agosto, vão desgastá-lo através do processo em Setembro e esperam condená-lo à derrota no 1.º dia de Outubro. Não vão conseguir tal sentença, acredito.

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