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sábado, 26 de maio de 2012

A fera ferida é mais feroz

a fera
Jorge Silva Carvalho, individuo de dura e ameaçadora expressão facial e do mundo das ‘secretas’, jamais seria alguém com quem eu desejasse ter o mais fugaz dos contactos. Olho para as imagens do ex-espião (ex?) e a sua figura causa-me repugnância; lembro-me da PIDE que me perseguiu, deteve amigos meus, torturou e matou adversários do regime salazarista, a torto e a direito; anos a fio.
Os ‘Carvalhos’ de hoje parecem-me, de facto, os homens da PIDE, da Satsi, da KGB, da CIA e de outros antros congéneres;  uma espécie de territórios para feras que resultaram de determinado transformismo que escapou às teorias de Darwin.
O Silva Carvalho quer que o caso em que está envolvido siga de imediato para julgamento. Este género da espécie humano é assim: quer, exige e pronto!, o sistema tem de obedecer com reverência, porque, além do mais, a fera ferida torna-se mais feroz.
(Adenda: Já não apenas dos partidos da oposição a origem da exigência em relação ao caso 'Relvas/Público'. Também Antónico Capucho, um histórico do PSD, exige " que se vá até às últimas consequências") 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

De espião a espiado

Jorge Silva Carvalho, ex-director do SIED (Serviço de Informações Estratégicas e de Defesa), após o abandono do cargo, alegada e em parte confessadamente, disponibilizou à Ongoing, de Nuno Vasconcelos, dirigida por José Eduardo Moniz, informações sobre matérias que, imagina-se, se identificam com interesses do Estado.  Tais informações conduziram à rejeição por Pedro Passos Coelho do famigerado Bairrão para o cargo de Secretário de Estado da Administração Interna.
O 'Expresso', confirmado pelo director Ricardo Costa, revelou a transmissão de "informações secretas" à Ongoing. Jorge Carvalho mandou instaurar processo judicial contra o semanário, com a assistência do conhecido advogado 'laranja', Nuno Morais Sarmento.
Feita a catarse das notícias vindas a público, conclui-se ser uma guerra entre dois grandes grupos de comunicação social e respectivos líderes: Ongoing e Nuno Vasconcelos, por um lado, e Impresa e Francisco Pinto Balsemão, por outro.
Conclusão: é um agudo conflito entre dois homens de negócios que, odiando-se, trazem para as páginas dos jornais uma disputa que, pensando friamente, interessa sobretudo aos próprios e apenas indirectamente aos cidadãos. E sublinho o indirectamente, porque, para a generalidade dos portugueses, o que está em causa é, no fundo, a privatização da RTP e as consequências daí resultantes para a seriedade da informação em Portugal, já hoje debilitada pelos alinhamentos da televisão pública. Privatizada, tornar-se-á mais um meio vulnerável à facciosidade - lembre-se o comportamento de Moniz ao tempo dos governos de Cavaco.
Que o espião passe a espiado é, pois, secundário e até digno de gozo. A verdade é que a querela é determinada por interesses de negócio e  dinheiro. Ou seja, uma espécie de 'materialismo dialéctico' travestido de 'lobbies' laranja, em que aqueles com direito a informação fiável e imparcial são apenas escória desta incandescente (con)fusão de metal sonante.