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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Somos campeões da imbecilidade

porto
Desfrutar da liberdade de circular em espaços limpos de “partidarites”, “clubites”  e da influência de grupos de vida e hábitos  burlescos é, de facto, um bem inestimável. De preservação obrigatória. Basta estar ciente dos direitos legítimos a esse espaço e ter o engenho de utilizar a porção de inteligência que, a cada um de nós, coube em sorte. Pouca que seja.
Quem sabe fruir de tal benefício liberta-se da subjugação e manipulação  de campanhas de imbecilidade que, por mecanismos bem oleados por uns e gozados e tolerados por outros, mancham a vida pública, no plano regional e nacional.
Posso ser mais claro? Nunca o PSD no todo ou fatiado ou ainda gente que lhe é afecta me mereceram particular admiração. Todavia, há episódios que me forçam  a não pactuar com certas atitudes,  em defesa daquilo que são inalienáveis valores e referências do civismo.
Tudo isto vem a propósito de, em publicação de distribuição  gratuita destinada a promover os restaurantes do Porto,  ter sido impressa uma capa ilustrada com um rotundo “Rio és um FDP”, como a imagem documenta. Rio é Rui e presidente da câmara da cidade.
Sem procuração de defesa de rios, afluentes ou efluentes, ribeiros ou outros cursos de água, e com  desdém por promiscuidades clubísticas e futebolísticas omnipresentes na vida sócio-política portuguesa, confesso grande indignação perante a imbecilidade do ‘Porto Menu’, assim se chama a publicação, que, por culpa própria, se transformou em  ‘Porto Merdu’.
Enfim,  coisas reles mas vulgares no País onde nasci – por erro histórico-geográfico, como dizia um amigo meu – e que tenho de deglutir até que o corpo e a alma se esfumem.
Somos campeões da imbecilidade, sem dúvida. “Benha um copo, carago!” 
 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Do PSD crítico, agora é Rui Rio a sair a terreiro

No âmbito das comemorações do 1.º ano de governação PSD+CDS, já Manuela Ferreira Leite, a propósito da austeridade, afirmara, em Setúbal, que o tratamento em aplicação ao País, por demasiado violento, contem o risco de matar o doente.
Chegou, agora, a hora de Rui Rio afinar por idêntico diapasão. O autarca do Porto recomendou ao governo que, logo que possível, faça ajustes no memorando da ‘troika’.  Foi até mais assertivo e no discurso abordou especificamente:
1) Necessidade de crescimento económico;
2) Jogar no eixo do tempo, para escolha do momento da introdução dos ajustes;
3) Apelo ao patriotismo da banca, revestida de crítica de falta de apoio à economia e ao sector exportador em especial;
4) Crítica aos cortes – “pesadíssimos”, diz – de salários na função pública,  coincidentes, de resto, com privilégios de salários elevadíssimos atribuídos a alguns.
No espaço de dias, Rio é a segunda voz que, no seio do PSD, se manifesta contra a política do governo. É positivo que a ideologia e práticas neoliberais do governo de Passos Coelho sejam também combatidas desde o interior do principal aparelho partidário que o sustenta.
Todavia, penso que os factores decisivos para vencer o desastre em curso consistirão, sobretudo e infelizmente, no extremar e prolongamento da recessão económica e nos efeitos sociais e económicos que, como sempre, levarão os cidadãos a nova expurgação governativa. O descontentamento cresce na proporção da presunção de Coelho de que, impunemente, tudo poderá fazer a um povo paciente, sem voz e com muita resignação. A “main street”, em tempo oportuno, há-de desiludi-lo. Creio.