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segunda-feira, 18 de junho de 2012

A asfixia da banca espanhola e as eleições na Grécia

 
A história dos 100 mil milhões foi mal contada por Rajoy e Guindos; em suma, o  governo espanhol. Todavia, demais falácias e omissões marcaram a narrativa. O adágio popular sentencia: “A verdade é como azeite: vem sempre ao de cima”. Nem mais. Hoje, o insuspeito ‘El Mundo’, pró-governamental, faz soar de novo o sinal de alarme, ao anunciar em antetítulo e título:
Piora a situação da banca
A morosidade chega a 8,7% dos créditos duvidosos da banca e superam os 150.000 milhões de euros
No texto da notícia, pode ler-se:
A morosidade soma-se aos empréstimos em risco de incobrabilidade. Os créditos duvidosos do sector situaram-se em 152.740 milhões de euros em Abril, uns 32% mais do que os 115.299 milhões contabilizados no mesmo mês de 2011, e uns 840% mais – nove vezes mais – do que os 16.251 milhões registados em 2007, justamente antes da crise.
Muitos comentadores conservadores respiraram de alívio com a vitória da ‘Nova Democracia’ na Grécia. Outros, de esquerda, lastimaram o segundo lugar do ‘Syriza’. Ambos estão equivocados. O dramático problema do ‘euro’ resolver-se-á sob pressão colectiva dos países sob resgate ou em risco de resgate, independentemente da tonalidade dos partidos do governo  – Espanha e Itália incluídos. É uma questão de soberania, supra-partidária portanto. Há que enfrentar a Sra. Merkel, o Sr. Schäuble e controlar os mercados, em vez destes ameaçarem os interesses legítimos dos povos.
Altivos, alguns políticos do país vizinho têm-se juntado ao idiota coro do: “Não somos a Grécia”. Trata-se daquilo a que se poderá chamar uma “frase feita” com que se ludibriam as populações; todavia, é esforço incoerente. Contrariamente aos desígnios da propaganda, a esperada estabilidade derivada do resultado eleitoral helénico não é, afinal, antídoto nenhum para a ‘Zona Euro’; não constituíu, por exemplo, a ambicionada terapia para os juros de dívida de Espanha. Continuaram em evolução ascendente, tal como os de Itália.
Por cá, o PSD, pela voz do vice-presidente parlamentar, António Rodrigues, assumiu: “A Europa vai poder respirar de alívio”. “Qu’ alivio, sôr deputado! No caso de Portugal, será dos subsídios de férias e de Natal retirados e de outras injustiças governamentais sobre milhões de portugueses?

domingo, 10 de junho de 2012

Zona Euro: Espanha é filha, Irlanda enteada

Primeiro, tivemos o desfile de negações e desmentidos do governo de Rajoy, da necessidade de ajuda externa. A verdade é, porém, corrente imparável. Ontem, que remédio!, Espanha pediu e obteve um resgate do ‘eurogrupo’ de 100 mil milhões euros.
Como admitíamos aqui, o FMI falara apenas de 40 mil milhões de euros. Uma vez mais, falhou. 
O ministro Guindos, em conferência de imprensa, tratou quem o ouviu como idiotas, ao deixar no ar a seguinte mensagem:
[…] esta ajuda "não constitui um resgate" mas apenas um apoio ao sector financeiro que não impõe ao Governo "qualquer tipo de condição adicional em termos orçamentais, ajustamento ou despesas públicas". "As únicas condições impostas serão para os bancos"
Trata-se obviamente de uma afirmação de arrogância de Espanha. proferida na sequência da decisão dos ministros das finanças do ’eurogrupo’, incluindo o pusilânime ministro irlandês, MIchael Noonan.  
A Irlanda não se limita, porém,  a falar pela voz de Noonan. Outras vozes se levantam contra a iniquidade de que o país foi alvo, face aos espanhóis. As notícias da Agência Financeira são esclarecedoras.