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domingo, 25 de setembro de 2011

Um bilião é mil vezes mil milhões

 


Numericamente, um bilião, segundo o sistema europeu, corresponde a mil vezes mil milhões e representa-se por 1.000.000.000.000.
Segundo a revista 'HANDELSBLATT', o valor real da dívida alemã é de 5 biliões e não apenas os 2 biliões que têm sido declarados pelo Estado germânico. A confirmar-se, a dívida será equivalente a 185% do PIB do país, em vez dos 83% anunciados pelos organismos governamentais da Sra. Merkel. Quase iguala os 186% do PIB esperados em breve para o endividamento da Grécia, excedendo em muito os 120% do PIB da dívida de Itália.
Conquanto não sirva para inocentar Alberto João Jardim, à luz da notícia do elevadíssimo débito oculto alemão, é instantânea a tentação de fazer a comparação; então, o populista político madeirense,  comparado com Merkel, não passa de mero aprendiz de feiticeiro.
Angela Merkel "criou tantas novas dívidas como todos os Chanceleres das quatro últimas décadas juntos", refere o economista principal do citado diário económico. Quem diria? Com o ar arrogante com que qualifica de incompetência os países periféricos, nomeadamente os do Sul, a Sr.ª Merkel, em contradição com o estilo  de militar disciplinado próprio dos casaquinhos e calças que usa, não é afinal a líder política de contas certas e claras por que pretende passar-se. Esbanja que se farta e, para cometer o pecado, esconde as despesas previstas com reformados, doentes e pessoas dependentes.
A notícia não foi desmentida até agora e a não ser infirmada, é natural imaginar a Zona Euro, no fim das contas, em estado muito pior do que se pensava. A situação é mesmo catastrófica, com grande dose de responsabilidades por parte da ALEMANHA - os alemães, sempre eles, nas grandes desgraças da Europa. Agora como há cem anos.

  

   

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Gaspar a coser gáspeas


Parte substancial dos portugueses não anda propriamente descalça. Calça sapatos de solas esgaçadas e, em alguns casos, furadas. Nestes dias de final de Verão, a jornada acaba com as meias empoeiradas e mais esburacadas. Como não há dinheiro para novas, quando muito passajam-se as que temos; quanto aos sapatos, o Ministro das Finanças lá se vai entretendo a coser gáspeas. Porém, no dia seguinte, voltamos à mesma, de sapatos e meias rotos.
Vem aí o Outono e o Inverno, tempos generosos de chuvas e lamaçais. Gaspar, a somar ao imposto extraordinário, continuará a coser gáspeas; o mesmo que "tapar o Sol com uma peneira". Os buracos são mais que muitos e não há tela, nem pedaços de sola, nem linha, nem agulha, nem mestres sapateiros que nos valham. Por muitas vezes que cosam gáspeas ou a costureira caseira passaje as meias.
Vítor Gaspar, o tal ministro de discurso hermético, desta vez foi claro na contradição. Por um lado, afirma que o impacto do défice da Madeira este ano deve ser "muito limitado". Por outro, diz: "não há quaisquer estimativas sobre o impacto no défice deste ano". Afinal em que ficamos? O impacto é limitado ou não é impossível estimar o impacto?
Faço questão de, na qualidade de partidariamente desvinculado, não favorecer ou desfavorecer este ou aquele partido com elogios ou críticas. Todavia, tendo em conta a explicação do 'défice - palavras de permeio - colossal', seria preferível que Vítor Gaspar estivesse quedo em vez de coser gáspeas. O buraco das contas da Madeira, do laranja Jardim, não é susceptível de ser objecto de segunda ocultação.
O ministro assegura que não terá impacto este ano; mas, então, no próximo? É que felizmente para a maioria dos portugueses há mais vida para além de 31 de Dezembro de 2011. E, desventurados, estão entregues a este tipo de políticos, temporários ou definitivos, incapazes de governar bem e com seriedade, intelectual que seja.