Sou lisboeta. Da Rua dos
Sapateiros à da Madalena, as transversais da Vitória à Conceição, e outras
zonas próximas da Praça da Figueira e imediações da Avenida, têm sido objecto
de degradação da baixa lisboeta – uma imagem de sofrimento para quem ama os
símbolos históricos da cidade.
Coimbra, Lisboa, Porto e outras
cidades e vilas constituem o traço histórico com o passado da vida de
populações. Há patrimónios humanistas materializados em edificações e lojas,
algumas centenárias, em condenável extinção.
As autoridades, sejam do poder
central ou local, têm a obrigação da preservação desse património. Todavia, cedem,
submissos, a interesses financistas estrangeiros. Normalmente à ganância de corruptos
e, nos tempos que correm, oriundos de países emergentes.
Os símbolos do passado e os
ícones históricos ficaram à mercê do dinheiro da imundice. Mudança facilitada pelos
vistos ‘gold’ e outros instrumentos, de que se ufana o político mais demagógico
e desonesto intelectualmente – só? - da democracia, Paulo Portas – e Passos
Coelho, um homem sem vínculos de raiz ao País, é precioso avalista da sanha
destruidora.