quinta-feira, 1 de setembro de 2016

PMBD, partido dos presidentes emergentes da morte de antecessores

Os aspectos políticos, sociais, artísticos e intelectuais brasileiros, o modo de estar na vida dos cariocas, baianos e nordestinos em especial, toda aquela sociedade do lado de lá que é capaz de sambar até na infelicidade, o Brasil e o seu povo, fascina-me.  
Obviamente, também os fenómenos da vida partidária brasileira me captam a atenção. Ontem, dei conta que membros do PMDB apenas conseguiram aceder à Presidência da República do Brasil, por três vezes e em todas elas, por morte física ou política do antecessor. Vejamos:
  •        Com a morte física de Tancredo das Neves em Abril de 1985, José Sarney (PMBD) subiu de vice a Presidente da República de 1985 a 1990;
  •       Com o ‘impeachment’ Collor de Mello (morte política) em 1992, Itamar Franco, então já no PMBD, de vice ascendeu ao cargo de Presidente da República;
  •        Ontem com o golpe que aniquilou Dilma Rousseff do PT, é também um membro PMBD, Michel Temer, que ascendeu (ilegitimamente) ao lugar de Presidente da República.

Estes e outros eventos da pátria irmã despertam-me interesse, desde a infância; ou melhor, desde os tempos em que o meu pai recebia a revista ‘O Cruzeiro ’, enviada pelo tio Joni (português mas carioca). Se ele estivesse vivo, na sua casa junto de Copacabana, diria: 
“Você sabe, no Brasil todo o mundo está sempre sambando, suceda o que suceder, mas o povo brasileiro também sabe lutar com empenho e o apoio de muita gente da música, da cultura e das artes em geral” 
Mário Lago, o famoso actor e autor, era dos seus maiores amigos.
O Brasil, devo confessar, é minha segunda pátria, precisamente por ser a pátria de Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Manuel Bandeira, Vinícius, Jobim, Dorival Caymmi, Óscar Niemeyer (falecido há algum tempo e tio de Chico Buarque),o próprio Chico, Elis Regina, Gal Costa, Nara Leão, Elza Soares, Caetano Veloso, Maria Betânia, Marisa Monte… enfim uma lista construída  ao sabor da memória que poderia ser muito, muito exaustiva.
(Ah! E dia 7-Set-2016 vou ao Coliseu dos Recreios de Lisboa assistir ao espectáculo de Caetano Veloso que trás a jovem cantora Teresa Cristina. Vou viver um pouco de Brasil)

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