Passos Coelho barricou-se no
comando do PSD – e por enquanto também no do País. Segundo o jornal ‘Sol’ não se
inibiu de disparar ameaças para dentro e para fora do partido:
Confesso ter ficado borrado de
medo com o tom ameaçador do tirano (*) de Massamá, fundador da ONG, Centro
Português para a Cooperação (CPPC), administrador da Tecnoforma e das
sociedades do afável companheiro Correia. Homem e político de vida límpida,
segundo os acólitos.
Saturado das crueldades e das injustiças
sociais de um ex-jota sem palavra, carácter e escrúpulos – e pelos vistos sem
os papéis, no Ministério de Mota Soares, da tal CPPC de que recebeu dinheiro
reembolsado e embolsado (quanto não se sabe!) – além de mim, muitos outros
cidadãos devem estar ‘borrados de medo’ com o tom ameaçador do cavalheiro.
Custa perceber a Passos que, na
Europa de hoje de Democracias e regimes pluripartidários, o poder, uma vez
negado pelo voto, tem hipóteses diminutas de reconquista. Se a violência é meio
difícil, igualmente é complexo captar o poder pelo voto de gerações massivas de
desempregados, de jovens sem perspectiva de vida salvo a de emigrar, reformados
e pensionistas espoliados, e mais de dois milhões de pobres, todos aqueles a
quem os políticos desiludem.
Sei, todos sabemos, que a Zona
Euro atravessa aguda crise do ponto de vista económico e social, e até
político; mas, em Portugal, dificilmente será este o homenzinho capaz de
capturar o País através da imposição de um regime autoritário. Não o imagino a
comandar um assalto ao Palácio de Belém, ou mesmo a São Bento, organizado num
batalhão e diversos pelotões comandados por Marco António Costa, Teresa Leal
Coelho, Maria Luís Albuquerque, Luís Montenegro e outros. Todos a envergar
uniformes militares, capacetes de guerra e armas em punho.
“Vou estar aqui”, diz ele. No café e a comprar o jornal em Massamá
ou de charriot no ‘Continente’ da Amadora, digo eu. E para que a vidinha assim
lhe corra, contará com uma correia amiga que o atrelará a um “tacho” bem
remunerado.
(Adenda: Tirano (*) = s.m. Indivíduo que se apodera do poder soberano
de um Estado (país ou nação). Aquele que governa de maneira injusta e cruel,
colocando sua vontade e sua autoridade acima das leis e da justiça.)
Sem comentários:
Enviar um comentário