DILMA REELEITA
O acto eleitoral visou a escolha
do Presidente da República do Brasil para um mandato de 4 anos. Com 99,86% dos
votos contados, o desfecho, favorável a Dilma Roussef, registou os seguintes
valores:
Sem se afastar das previsões das
últimas sondagens publicadas pelo jornal ‘Folha de São Paulo’, a vantagem de
Dilma situou-se na ordem dos 3,28%. Trata-se de uma margem limitada. No fundo,
a reflectir um Brasil dividido em duas partes iguais.
Nos últimos tempos, Dilma sentiu a política do PT na
Presidência muito contestada nas ruas, em especial em São Paulo – a estrondosa
derrota na capital económica do Brasil é sintomática.
Terá de
ser determinada na mudança de estilo e de alguns companheiros nada
aconselháveis em cargos e gabinetes da presidência. Ser-lhe-á exigível aprofundar
as políticas sociais dirigidas ao avanço do programa de erradicação de pobreza e melhoria
das condições de vida da classe média. Terá igualmente de demarcar-se com clareza dos
escândalos de corrupção, caso da Petrobras e outros, demonstrando não ser
minimamente conivente com atentados contra o interesse nacional.
Dilma, creio, tem condições para
trilhar estes caminhos e triunfar. A oportunidade de desmistificar e
contra-atacar o torpe ataque da revista ‘Veja’, se aproveitada, levará o povo
brasileiro, em mais vasta maioria do que na votação, a apoiar o próximo e último
mandato de Dilma que, forçosamente,
impõe a colaboração de governantes probos e de qualidade político-profissional inquestionável.
De facto, somente uma política
rigorosa, paradigmática e de um Estado capaz de intervir em benefício dos mais
desfavorecidos saberá silenciar os “Aécios” e outros eventuais ‘bons vivants’ que, por cá, também
existem e têm as suas ‘santanetes’ e
os mimetistas desse estilo social.
Uma nota final: o Cunha do ‘Blasfémias’
divertiu-se ao descobrir que determinado jornal usara uma “versão margarina
para barrar das eleições brasileiras” (sic). Através da vitória de Dilma,
espero que, com Becel, Planta ou Vaqueiro, o Cunha tenha aprendido que “há barrar e barrar, há rir e amuar” (Obrigado,
Alexandre O’Neill).
Sem comentários:
Enviar um comentário