A partir de certa fase na vida,
somos aprisionados por ‘saudades’, esta palavra mágica, exclusivamente
portuguesa. Sumária mas de sensibilidade extrema, a palavra traz-nos à memória
o passado – desse protegemos os momentos
felizes com o afecto idêntico ao de quem cuida de filigranas em que se
transformam um passado remoto, emocional e que dificilmente nos sai da alma.
É Outono. O dia está soturno.
Percorro a rua. Atento na tristeza de quem, vivendo o presente, parece reviver
em silêncio episódios de felizes pretéritos, de que ‘as folhas mortas’, caídas
no solo, constituem fiel metáfora.
Metafórica, igualmente no sentido
de um tempo que se viveu com felicidade, segundo os meus sentimentos, é a
canção ‘Les Feuilles Mortes’, interpretada por Yves Montand:
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