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quarta-feira, 21 de maio de 2014

O que estes – e outros fazem – para obter os ‘tachos do PE’

Já os vi, via TV, a navegar em moliceiros e outro batel, denominado ‘Verónica’. Quem é a Verónica? Nuno Melo, Paulo Rangel? Que relação tem um passeio em moliceiro e outro na ‘Verónica’ com as ‘eleições europeias’, de uma Europa progressivamente a afundar-se e de um euro indissolúvel? Provavelmente que o ambiente é muito fluído, volátil e que a água, fonte da vida, é também factor da morte. Mesmo colectiva.
Também os topei ao lado do sabichão Marcelo, reclamando os votos na coligação para eleger Juncker. Rangel e Melo que se lixem! Passos Coelho não reagirá à aleivosia, aos fundamentos da filosofia política do populismo, nem renunciará à profunda reflexão do princípio sintetizada pela frase  as eleições que se lixem”. Desde que a ‘saída limpa’ seja nublosamente coberta de sujidade, isso é vital para o País.
A anedota Rangel e o rufia Nuno Melo certificaram, sem hesitações, o discurso de Marcelo e os pensamentos de Freitas do Amaral; por exemplo:
No fundo, confessado entre fanáticos, ignaros e amigos, admitem temer uma derrota histórica, por vitória do PS. A merda é a mesma, mas não há lugares para tantas moscas. Os “tachos no PE” exigem são limitados.

terça-feira, 20 de maio de 2014

As eleições europeias

A respeito dos resultados esperados, segundo opiniões abalizadas e abundantes, parece haver apenas um sólida certeza: a abstenção sairá vencedora, e não apenas em Portugal, sublinhe-se. Na UE, há mesmo a expectativa de uma quebra de participação que conduza a mais de 43% de abstencionistas, até agora o máximo histórico na totalidade dos países que integram a União.
Pessoalmente, lamento a recusa da participação eleitoral. No que respeita a Portugal, onde se espera serem atingidos números acima de 60%, o fenómeno presta-se a justificações, umas eventualmente especulativas, mas outras, a maioria, são consistentes e derivam de condições concretas:

  • ·      Os partidos mais europeístas, PS e PSD, e o flutuante CDS-PP jamais cuidaram de usar uma pedagogia duradoura e eficaz sobre o historial e os objectivos do ‘projecto da EU’, chegando ao ponto da ligeireza e superficialidade na elucidação dos cidadãos e mais lamentavelmente à iniciativa de os afastar de opções de fundo – a deliberação de não referendar o ‘Tratado de Lisboa’ é apenas mero exemplo;
  • ·        Desencadeada a crise, fruto essencialmente de factores externos, a realidade europeia através da política de austeridade da troika (FMI, CE e BCE) representou para centenas de milhares de portugueses - ou mesmo milhões em certos domínios – penosa quebra de rendimentos, o desemprego, a emigração de jovens e outros cidadãos qualificados, o corte de benefícios sociais nas prestações pecuniárias a carenciados, na saúde e no ensino, tudo factores a alimentar sentimentos anti-UE.
  • ·     A campanha eleitoral dos partidos do governo tem-se concentrado na baixa política, com um candidato ‘laranja’ que se repete desmedidamente em acusações e populismos e um parceiro com ar de rufia de frases soltas; ambos sem uma única ideia sobre o projecto europeu que realmente defendem para contrariar o directório da D. Merkel e as divagações do Sr. Draghi e consequentemente do BCE que têm conduzido a uma crise sem fim à vista e, por muito que escondam, não se limita aos outrora ‘PIIGS’ e hoje mais comummente ditos periféricos.
  • ·           O PS, acossado pela índole dos ataques internos às políticas que executou no passado, também não mostra capacidade de ultrapassar as polémicas domésticas e falar com clareza do tipo de projecto europeu por si proposto e que, infelizmente e seja ele qual for, se encontra manchado pelo ‘Tratado Orçamental’ aprovado por Seguro e suas hostes.
  • ·         BE e PCP, feitas as contas, são os mais assertivos nas propostas, mas, é sabido e uma plêiade de comentadores tendenciosos ajudam à exclusão, estão debilitados para obter do eleitorado uma representatividade minimamente significativa.  
De tudo isto, resulta que as eleições europeias não passam de uma espécie de balão de ensaio para as legislativas para o próximo ano, sem nenhum enquadramento estratégico compatível com a necessidade de alterar profundamente a sujeição à Alemanha e seus aliados, os novos sudetas holandeses, finlandeses e austríacos.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Previsão do desemprego (e da emigração?) para 2015

A ministra Albuquerque, com o ar natural de amanuense promovida a figura pública, ao lado do ‘controleiro’ Marques Guedes anunciou que, em vez dos 15% anteriormente previstos, a taxa de desemprego para 2015 se fixará em 14.8% - há 3 meses, pelo menos, que encalhou nos 15,3%, o que prova o elevado sucesso socioeconómico do governo… sem se falar de insolvências.
Se traduzirmos a previsão para dramas de vida, sentidos pelas centenas de milhares dos mais jovens que jamais encontram emprego e também daqueles que, a partir dos 35/40 anos, se encontram na situação de desempregados de longa duração, e se considerarmos a realidade da partida diária de cerca de 200 cidadãos a emigrar, facilmente se infere que a Albuquerque está, sobretudo, é a prever um nível de emigração, daqui até ao final de 2015, que venha a produzir um impacto de - 0,2%  no desemprego.
Todavia, uma vez que por norma o governo falha nas previsões, tanto um valor, 14,8% de desemprego, como outro, 0,2% de emigração, têm enorme probabilidade de falhar.
Que demagogia! Até a Albuquerque, que é minhota, entra no vira do ‘eleitoralismo’. Se nas ‘europeias’ é isto, facilmente se imagina como serão as legislativas de 2015. Vamos ter petróleo no Beato, ouro, muito ouro, no Alentejo, e sessões de inauguração não faltarão no País. Parece-me antever Portas a inaugurar um urinol nos Aliados, no Porto, e Coelho a descerrar uma lápide noutro nos Restauradores, em Lisboa… necessidades do chamado estado de erecção de mijo.

Os políticos de hoje e o currículo de Rangel

Paulo Rangel, ex-presidente do grupo do parlamentar dos tempos de Manuela Ferreira Leite, bate forte e feio em António José Seguro, porque Martin Schulz, do SPD alemão, mudou para o campo dos opositores da ‘mutualização’ de dívidas na Europa. Quem mudou de posição, na essência, foi o SPD ao coligar-se com o par CDU/CSU de Angela Merkel. 
Schulz submeteu-se ao partido, à luz dos cânones da teoria e da práxis política da pós-modernidade, onde prevalece a falta de ética, os políticos amantes do sacrifício pela pobreza de milhões de cidadãos no universo e a protecção de multimilionários. Sem carácter, nem palavra.
Schulz é um dessa horda infame de políticos europeus e António José Seguro, sem formação cultural e política, além daquela que adquiriu na ‘jota’, está a recolher os resultados da desinformação que o fragiliza.
Paulo Rangel, um errante sem escrúpulos da política, já foi de tudo e de todos no braço direito do ‘arco do poder’. Quando trabalhou como advogado na Osório de Castro, Verde Pinho, Vieira Peres, Lobo Xavier & Associados, convidado por Xavier filiou-se no CDS-PP (2001). Quando Aguiar-Branco foi ministro da Justiça, desempenhou o cargo de secretário de Estado Adjunto desse ministério, transferindo-se para o PSD (2005). As deambulações de um homem sem coerência nem vergonha levaram-no a transferir-se para apoiante de Manuela Ferreira Leite, sendo nomeado presidente da bancada ‘laranja’. Para terminar a gincana, candidatou-se a dirigir o PSD e foi derrotado pelo actual líder, Passos Coelho.
Todo este sinuoso percurso é capítulo fulcral do currículo de Rangel. Que autoridade moral tem este homenzinho, que se curva e inclina com demasiada facilidade, para questionar quem muda de comportamento político? – Embora se trate de um trafulha como ele, chamado Schulz e alemão genuíno. Que pode fazer Seguro ou quem quer que seja para impedir o homem de dizer uma coisa hoje e amanhã o contrário?
Seguro se é vulnerável é pela sua própria insegurança em relação a domínios e políticas estratégicas para o País, e em especial as hesitações em termos de como gerir a dívida. O PS, acha Rangel, tem alguns militantes de topo que pensam diferente de outros acerca de reestruturação que, para os honestos e conhecedores de semântica, não significa ‘perdão de dívida’ – talvez seja uma interpretação do léxico tecnocrático anglo-saxónico que o ‘manifesto dos 74’ descarta.
Se no PS uns defendem uma solução e outros outra, ao citar o ‘manifesto dos 74’, pergunto a Rangel o que pensa ele da subscritora Dr.ª Manuela Ferreira Leite? Não responde. Como nada nos diz do servilismo demonstrado e exercido por Passos Coelho na submissão a Merkel, esta sim, muito mais lesiva para os portugueses do que um incoerente, político de terceira, chamado Schulz. No fundo, alma-gêmea de Rangel.  

sábado, 1 de março de 2014

A Europa não é para feios!

Nas próximas ‘europeias’, Portugal terá direito apenas a 21 lugares no Parlamento Europeu. A redução deve-se ao ingresso da Croácia na UE.
Por outro lado, segundo as diversas sondagens, a probabilidade da coligação PSD+CDS eleger mais do que 7 deputados é mínima. Portanto, sendo o 8.º lugar atribuído ao CDS, quem for seleccionado para o ocupar tem limitadíssimas hipóteses de ser eleito.
No dilema, Paulo Portas, de reconhecido e aguçado sentido estético, serviu-se do belo e do feio para definir o critério de escolha. Nuno Melo, o belo, esse foi privilegiado com o 4.º lugar. Por sua vez, Diogo Feio, o feio, foi atirado para a tal 8.ª posição, sob grande risco de ficar de fora.
Irritado, o Feio clamou por justiça, argumentando ter desempenhado o mandato em vias de terminar com dedicação, esforço e eficácia. Pretendia ser o 7.º da lista.
Portas, também encolerizado (ai, é um perigo…) disparou uma resposta efusiva: - Pois é, foste para lá porque eu na altura não estive para me incomodar, mas, agora, decidi afinar o critério – sorveu dois goles de água, respirou fundo e prosseguiu – nestas eleições, no CDS, a Europa não é para feios! Ouviste?
Resignado, lá foi o Feio mais feio, na mais feia das noites feias que a política lhe deu. 
(Adenda: Afinal, o Feio ainda se enfeou mais do que eu imaginava; telefonou a Portas e rejeitou o 8.º lugar. O chefe do partido, então, decidiu-se por uma mulher, cujo nome ainda não divulgou. Sempre é mais bonita do que o Feio, chame-se Teresa ou Cecília, Isabel ou Otília e desde que marido ou namorado autorize, tudo bem... ficará por cá - quem será a candidata à eventual derrota?  

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O eleitoralismo e o internacionalismo neoliberal da Ibéria

A campanha pré-eleitoral para as 'europeias' está em marcha. Todos os partidos já se manifestam no sentido de captar votos. Creio que, à excepção do efémero PSD de há uns tempos e da famigerada frase de Passos Coelho – que se lixem as eleições! –, os partidos, PSD incluído, assumem estar na corrida; embora apenas um, o PCP, tenha nomeado o cabeça-de-lista, João Ferreira.
As afirmações de Passos Coelho valem o que valem, em termos de honestidade. Em grande parte dos casos, deste o início do consulado, reduzem-se a meros discursos de falta de verdade e rigor. Há material abundante e mediatizado que o comprova.
- Que se lixem as eleições é treta – digo eu. A 27 de Maio, em Portugal, Espanha e outros países da UE28 o povo vai às urnas; naturalmente, os partidos governamentais dos países ibéricos revelam-se temerosos de eventual castigo eleitoral nas ‘eleições europeias’.
Sem respeitar os princípios já tão molestados da soberania nacional, e numa espécie de plágio do ‘internacionalismo proletário soviético’, os três partidos governamentais (os portugueses PSD+CDS e o espanhol PP) decidiram realizar jornadas parlamentares conjuntas no mês de Abril, em Portugal. Olha se fosse o PC a fazer o mesmo, aqui há uns anos, com os partidos congéneres, incluindo os agora indefectíveis amigos do Catroga e do Mexia do PC chinês?
O mote para a campanha está criado e é comum. Foi Afonso Alonso que, insosso, o proclamou: ‘o despesismo socialista’!
Seguro, se tivesse envergadura para tal, bem poderia iniciar o contra-ataque; porém, o líder socialista e os brilhantes que o rodeiam, de tão frouxos, levam-me a imaginar que, em vez de ‘Beautiful Minds’, no Rato, proliferam ‘Ugley Minds’. E, sendo assim, quem se lixa com as eleições seremos nós, em vez de ser o trapaceiro do Passos a lixar-se para eleições.
Submarinos, Pandur, Portucale, Foral e Tecnoforma foram projectos e despesismo inteiramente socialista. Os escândalos financeiros do PP espanhol, cometidos por Bárcenas e onde Rajoy mergulhou e retirou recheadas as mãos, também integram o ‘dossier’ das ‘despesas socialistas’.
Fico a aguardar a agenda de trabalhos de tais jornadas parlamentares. Será um ‘case study’.