sexta-feira, 10 de julho de 2015

Porto e Sara Carbonero - SIC 09 07 2015


Gosto muito do Porto. Tanto como da cidade onde nasci, Lisboa. Todavia, sinto que é absurdo comparar o incomparável. A meu ver, as gentes e as tradições das duas cidades são distintas. O alho- porro, hoje substituído por martelinhos de plástico, as sardinhadas das Fontainhas e os concertos dos Aliados são realidades diferentes das marchas lisboetas da Avenida, dos bailaricos de bairro e das sardinhadas em Alfama,
Gosto muito do Porto, reafirmo, do casario da cidade, da Foz e de subir o Douro de barco, cercado por inebriantes paisagens.Tenho lá amigos, alguns do quais me merecem uma estima especial.
Esclarecido isto, declaro que não é minha intenção, com este 'post', afrontar a Invicta e essa bela gente de fala sincera e popular que a habita.
O meu objectivo é sobretudo criticar os excessos de privilégios e as vergonhosas verbas com que são acariciados os homens do pontapé na bola no Porto, em Lisboa, sejam dirigentes, treinadores, jogadores ou de outras funções na modalidade - ora aí está uma enorme semelhança entre as duas cidades! A obscenidade de milhões pagos a essa gente é, de facto, clara e grave ofensa a milhões que, na Ibéria, estão mergulhados na miséria.
Iker Casillas, diz a 'Marca', já chegou a acordo com o Real Madrid sobre a parte do salário líquido que o guardião espanhol virá auferir com a transferência para o F. C. do Porto. Não sei, nem estou disposto a investigar pormenores. Li que Casillas auferirá 5 milhões de euros. Tanto, ou mais ou menos o que semianalfabeto Jorge de Jesus receberá do Sporting.
Todavia, Casillas tem ainda o problema de convencer a mulher, Sara Carbonero, a deixar Madrid e instalar-se no Porto.
O peso do futebol é perversamente potenciado nos meios de comunicação social, em especial nas TV's - estamos de regresso aos três "Fs". A SIC, deu-se ao trabalho de fazer e exibir o vídeo acima publicado para convencer a Madame Carbonero dos encantos do Porto. O Porto não precisa de propaganda desse tipo, como o demonstra o incessante crescimento de visitantes estrangeiros.
A cidade da Invicta, e muitos dos pobres que nela ou nos arredores vivem, como por todo o Portugal, mereceriam, estes sim, que a SIC revelasse nas câmaras a pobreza e as famílias despedaçadas por uma crise económica e social profunda, agravada por medidas de austeridade de que o futebol ficou incólume no que respeita à redução de salários e benefícios imorais.
Juntando Portugal e Espanha, consideremos, de facto, termos a Ibéria como grande pátria da miséria.       

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