O blasfemo Cunha, idiota por fatal
vocação e falta de decoro, serve-se de um tema actual, muito mediatizado e
polémico, para publicar um título, ‘A maluqueira
das praxes’, sem qualquer correspondência com o conteúdo do que escreve a
seguir.
O truque tem barbas e consiste em
estratagema ridículo. O objectivo é atrair leitores através da reles intrujice da
dissonância entre título apelativo e o texto divergente.
Com a irracionalidade própria de
quem imagina que todos que o lêem são dominados pela tolice, a construção do texto,
do garoto Cunha, resultou numa espécie de peça acusatória contra o Mário Soares, por milhares
de crimes que o homem cometeu.
Não sou soarista, nem filiado em
qualquer partido. Todavia, sou intransigente defensor da verdade e é
inaceitável que um rapazola que, em 1974, ou não tinha vindo ao mundo ou era
pouco mais do que recém-nascido, sem possibilidade de conhecimento tangível da
realidade deste País à época, nem testemunhar a chegada Salgueiro Maia e seus
soldados ao Largo do Carmo, se permita concentrar num único político as causas de
todos os males do País, esquecendo as governações de Cavaco, Guterres, Barroso e
Sócrates. Em grande parte destes consulados, Mário Soares já não participava nas
esferas decisivas do poder.
Uma coisa é certa, Soares lutou
por esse direito e é livre de escrever o que pensa. Pode-se concordar, discordar,
polemizar e contrariar com ética o que ele escreve e denuncia. Porém, quando o
garoto Cunha desanca, sem conhecimento de causa, em Soares, forte e feio, renuncia
ao cumprimento de regras de seriedade no debate dos problemas de Portugal e da
Europa.
Sem entender, torna o debate
subjectivo. Com efeito, enreda-se em torno de uma pessoa e não dos temas que
Soares aborda, com irrefutável legitimidade. E esses temas – pobreza,
desigualdade, crianças subalimentadas do Norte a Sul do País, extorsão de parte
de pensões, reformas e salários, cortes no subsídio de desemprego, elevação das
taxas moderadoras na saúde, desemprego, “enorme agravamento de impostos” e
outros capítulos governamentais socialmente obscenos – constituem o desiderato de actos
deliberados da política monetarista e anti-social do governo em funções, de que Vítor
Cunha é comissário – de facto ou de direito? É a minha dúvida.
Se já não o fizeram, um dia
destes Passos Coelho e Paulo Portas empenhar-se-ão em compensá-lo.
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