Pausa de fim-de-semana. Pausar sem retirar do pensamento a turba contínua e interminável de refugiados a caminho da Europa. Uns morrem, no mar ou em terra; outros avançam com alma sofrida e fisicamente exangues. Crianças, mulheres e idosos são quem mais sofre.
Foragidos das forças do Daesh ou das miseráveis terras da África Subsariana, têm de ultrapassar, em territórios estrangeiros, árduos obstáculos. A Hungria, onde a maldita xenofobia barra caminhos e encara os pobres foragidos como se tratassem de animais,é o buraco negro de uma Europa, ou UE, política e socialmente desconexa e sem rumo comum.
Os que morrem caem na noite do sono eterno; mas, quem sobrevive, mesmo que o Sol esteja radioso, está sob pesadas e persistentes trevas.
Em homenagem a essa infeliz gente, e porque a a harmonia musical sempre ajuda a aliviar os males do espírito, seleccionei esta bela melodia de Mozart que, segundo os cânones das doutrinas da música, por ser um nocturno, apenas se toca à noite; no caso, a escuridão em que centenas de milhares, entre mortos e sobreviventes, perecem ou lutam pela vida.
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