Uns morreram novos, BPN e BPP, e os contribuintes pagaram a conta das falcatruas - mais de 7.000 milhões na despesa pública. Quem alegadamente cometeu os crimes continua livre de condenação - o Ministério Público insiste na acção de pedir a punição por prisão efectiva dos ex-administradores do BPP João Rendeiro, Fezas Vital e Paulo Guichard.
No caso do BPN, o único prisioneiro, Oliveira e Costa, passeia-se na Álvares Cabral e no Largo do Rato e as autoridades sentem muito dificuldade em avistá-lo. Dias Loureiro, Arlindo de Carvalho e outros andam mesmo à solta.
Hoje foi notícia que dois ex-administradores do citado BPN foram ilibados, pelo Tribunal da Supervisão, do pagamento de coimas aplicadas pela CMVM. Chamam-se Coelho Marinho e Armando Pinto - Coelho, Marinho, Pinto, coincidência de nomes na bicharada da política à portuguesa?
O impacto do Novo Banco no défice de 2014 é contabilístico, argumenta a amanuense Albuquerque. E as outras despesas causadoras de défice orçamental, não são igualmente contabilizadas? Ainda ontem ouvi o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, de quem não sou um admirador, formular esta pergunta na TVI com total coerência.
Depois há questão dos juros do Coelho. Têm de esclarecer o homenzinho de que a receita dos juros está correlacionada com o pagamento de juros pelo Fundo de Resolução (PR). Este último é uma Entidade Pública Reclassificada, significando, portanto, tratar-se de uma entidade considerada para efeitos do perímetro orçamental.
Mas o meu vizinho, muito, muito laranja, do prédio ao lado, diz-me: "Olhe que vão ser os bancos a reembolsar o Estado através do FR, assim como a liquidar os juros". "Quantos anos demorarão a pagar?" Pergunto isto e mais: "será que pagarão mesmo a totalidade dos 3,9 mil milhões adiantados pelo Governo?" - digo para mim próprio: Coitado do governo!, nem tinha nada a ver com o caso. Tudo era controlado e decidido, em exclusivo, pelo Banco de Portugal do Sr. Carlos Costa.
Uma última pergunta ao amigo laranja: que repercussões haverá nos rácios dos bancos financiadores (CGD, BCP, BPI e Montepio Geral, em especial) e na própria estrutura, se, de facto, financiarem a maior parte do capital de que o Novo Banco necessita? Estão auxiliar um concorrente que, na actualidade, pratica taxas de remuneração de depósito mais altas, porque a estratégia do BdP o livra de apreensões quanto ao problema da recapitalização.
Entretanto, a amanuense Albuquerque assegurava que a injecção de dinheiros públicos no Novo Banco não é matéria das atribuições do governo, nem representa qualquer custo para os contribuintes.
A história, entretanto, ganhou outros contornos. Devido aos encargos com o Novo Banco, o Estado já não consegue realizar novo adiantamento este ano ao FMI, estimado, antes, em 2.200 milhões de euros. A falta penalizará os contribuintes com juros mais elevados a pagar à referida instituição.
Para tornar o cenário mais desfavorável, segundo a Casalinho do IGCP, Portugal terá de recorrer ao mercado para se financiar em mais 3.800 milhões de euros.
Conclusão: a dívida total sobe, para além de se manter o endividamento junto do FMI. Não há volta a dar em termos de resultado: os juros de FMI e novos empréstimos são mesmo suportados pelos contribuintes.
Problemas da 'Jovem Banca' que deprime o sistema financeiro português... e ainda o processo do único sobrevivente jovem, o Novo Banco, dependente de litígios judiciais, de dimensão ainda desconhecida - só a Goldamn Sachs reclama, no mínimo, 800 milhões de euros.
Hoje foi notícia que dois ex-administradores do citado BPN foram ilibados, pelo Tribunal da Supervisão, do pagamento de coimas aplicadas pela CMVM. Chamam-se Coelho Marinho e Armando Pinto - Coelho, Marinho, Pinto, coincidência de nomes na bicharada da política à portuguesa?
O impacto do Novo Banco no défice de 2014 é contabilístico, argumenta a amanuense Albuquerque. E as outras despesas causadoras de défice orçamental, não são igualmente contabilizadas? Ainda ontem ouvi o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, de quem não sou um admirador, formular esta pergunta na TVI com total coerência.
Depois há questão dos juros do Coelho. Têm de esclarecer o homenzinho de que a receita dos juros está correlacionada com o pagamento de juros pelo Fundo de Resolução (PR). Este último é uma Entidade Pública Reclassificada, significando, portanto, tratar-se de uma entidade considerada para efeitos do perímetro orçamental.
Mas o meu vizinho, muito, muito laranja, do prédio ao lado, diz-me: "Olhe que vão ser os bancos a reembolsar o Estado através do FR, assim como a liquidar os juros". "Quantos anos demorarão a pagar?" Pergunto isto e mais: "será que pagarão mesmo a totalidade dos 3,9 mil milhões adiantados pelo Governo?" - digo para mim próprio: Coitado do governo!, nem tinha nada a ver com o caso. Tudo era controlado e decidido, em exclusivo, pelo Banco de Portugal do Sr. Carlos Costa.
Uma última pergunta ao amigo laranja: que repercussões haverá nos rácios dos bancos financiadores (CGD, BCP, BPI e Montepio Geral, em especial) e na própria estrutura, se, de facto, financiarem a maior parte do capital de que o Novo Banco necessita? Estão auxiliar um concorrente que, na actualidade, pratica taxas de remuneração de depósito mais altas, porque a estratégia do BdP o livra de apreensões quanto ao problema da recapitalização.
Entretanto, a amanuense Albuquerque assegurava que a injecção de dinheiros públicos no Novo Banco não é matéria das atribuições do governo, nem representa qualquer custo para os contribuintes.
A história, entretanto, ganhou outros contornos. Devido aos encargos com o Novo Banco, o Estado já não consegue realizar novo adiantamento este ano ao FMI, estimado, antes, em 2.200 milhões de euros. A falta penalizará os contribuintes com juros mais elevados a pagar à referida instituição.
Para tornar o cenário mais desfavorável, segundo a Casalinho do IGCP, Portugal terá de recorrer ao mercado para se financiar em mais 3.800 milhões de euros.
Conclusão: a dívida total sobe, para além de se manter o endividamento junto do FMI. Não há volta a dar em termos de resultado: os juros de FMI e novos empréstimos são mesmo suportados pelos contribuintes.
Problemas da 'Jovem Banca' que deprime o sistema financeiro português... e ainda o processo do único sobrevivente jovem, o Novo Banco, dependente de litígios judiciais, de dimensão ainda desconhecida - só a Goldamn Sachs reclama, no mínimo, 800 milhões de euros.
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