Na qualidade de cidadão de
Portugal, país de que entoam um
desempenho económico com vozes de tenor (Coelho e Pires) e de soprano (a amanuense
Maria Luís), cumpre-me rogar que, em muito próxima ocasião, cantem aos quatro
ventos, sem afinação como sempre, as seguintes árias de ópera bufa:
- O saldo da balança comercial de bens fixou-se em -10 605,9 milhões de euros em 2014, correspondente a um aumento do défice de 966,3 milhões de euros face a 2013. O défice comercial excluindo os Combustíveis e lubrificantes atingiu 4 391,4 milhões de euros, resultando num aumento de 945,5 milhões relativamente a 2013. (INE-1)
- O índice de volume de negócios nos serviços apresentou, em Janeiro, uma variação homóloga nominal de -3,4% (-4,2% no mês de Dezembro). Os índices de emprego, de remunerações brutas e de horas trabalhadas ajustado de efeitos de calendário apresentaram aumentos homólogos de 2,1%, 3,5% e 0,6%, respectivamente (1,7%, 2,4% e 0,3% em Dezembro, pela mesma ordem). (INE-2)
- Em Fevereiro de 2015, a variação homóloga do IPC situou-se em -0,2%, taxa superior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à registada no mês anterior. O indicador de inflação subjacente, medido pelo índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, manteve em Fevereiro a taxa de variação homóloga de 0,3% verificada em Janeiro. (INE-3).
- O índice de produção na construção apresentou em Janeiro uma variação homóloga de -4,0% (-5,4% em Dezembro). Os índices de emprego e de remunerações diminuíram 1,7% e 3,2% (variações de -1,6% e -5,3% no mês anterior), respectivamente. (INE-4).
- O Índice de Volume de Negócios na Indústria apresentou, em termos nominais, uma diminuição homóloga de 4,4% em Janeiro (aumento de 1,2% no mês anterior). O índice relativo ao mercado nacional diminuiu 4,9% (redução de 0,7% em Dezembro) enquanto o índice relativo ao mercado externo passou de um aumento de 4,1% em Dezembro para uma redução de 3,8% em Janeiro. (INE-5).
Estudadas as pautas, e
percorrendo os auditórios dos canais de TV amigos, com o empenho militante do
Gomes Ferreira na SIC, talvez consigam metamorfosear a desarmonia musical em
melodias pouco afinadas. Nada mais se exige que interpretem uma ópera bufa, mas não tosca.
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