Olhe-se para esta obra com olhos
de ver! Quem não fica deslumbrado com a expressão estética desta construção?
Ninguém resiste. O povo de Valongo sente orgulho e milhares de visitantes, até da
Galiza, inundam a terra para admirar os anexos da D. Maria Trindade Costa,
histórica vereadora laranja do concelho.
A D. Trindade, membro da Comissão
Política Nacional do PSD, e pessoa muito ligada a essa figura anedótica mas
sublime do poder PSD, chamada Marco António Costa. Homem de qualidades
intelectuais inexcedíveis e isento servidor da “pátria laranja”, evoluiu da
condição de cacique nortenho – em Valongo, foi vice-presidente da câmara – para
governante da nação e depois nomearam-no dirigente supremo do partido no plano
nacional.
É com este género de gentinha que
o País autárquico tem desenvolvido muitas das terras de Portugal, de Norte a Sul, com
rotundas, piscinas, pavilhões desportivos e lares de idosos; estes últimos, diga-se,
insuficientes e sem o complemento de centros de saúde entretanto encerrados,
para servir a população do interior que, em mais de 90% dos casos, se enquadra na
faixa etária acima dos 60 anos.
Mas, aqui ou acolá, vão surgindo
obras arquitectónicas (?) de majestático mau gosto. Trata-se do caso dos anexosda moradia da D. Trindade, vereadora com o pelouro da Acção Social valonguense.
A mulher além de pirosa é mentirosa.
Com 62 anos de idade e altas
funções partidárias, faltou à verdade, ao informar a Câmara de Valongo onde
trabalha da destruição de um anexo há anos. Não é verdade e agora, em vez de
um, é proprietária de dois.
Paradigmático! É com Donas
Trindades, Marcos Antónios e outros nomes conhecidos que o País falha em pleno na ética
e na estética, chegando, em paralelo, à consabida situação socioeconómica que
sofremos.
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