A política tem-se transformado,
e com dinâmica acelerada, no território de gente da imundice comportamental, da imoralidade;
desprezando elementares princípios da ética inalienáveis na missão de governar.
Os políticos não enjeitam a falta de escrúpulos para ludibriar a maioria do
povo, justamente aquele segmento enorme de gente que mais sofre. Por outro lado, garantem protecção a burlões e corruptos de ‘colarinho branco’, valendo-se da paralisação da
justiça diante de tais energúmenos. Aos políticos, portanto, pouco ou nada inquieta
enganar e condenar milhões de cidadãos à injustiça social.
No caso BES, o actual governo
recorreu à falsa e hipócrita argumentação da defesa dos interesses dos
contribuintes e depositantes. Uma cantata de melodia sem harmonia, interpretada
com desplante, em coro com o BdP. Serviu-lhes para entoar o canto da mentira.
Maus intérpretes, são também
especialistas em topetes. Passos Coelho, Maria
de Luís Albuquerque e Carlos Costa esqueceram-se de um provérbio tão comum
como autêntico e consistente na frequência com que é usado. Um pensador, Ariel
Oliveira, referia-se assim à mentira:
“A vida me ensinou, que a mentira tem perna
curta... mas, eu acredito que mentira nem chega a ter perna...”
E esta apregoada mentira não
chegou, de facto, a pôr-se de pé. Arrastou-se, escondida aqui, encoberta acolá,
até ser rapidamente descoberta. Foi capturada pela acta consultada pelo advogado
Miguel Reis e divulgada pelo ‘Expresso’, documento que no ponto 6 diz
exactamente o seguinte:
É lógico deduzir que, para obter
o citado empréstimo, o BES entregou como garantia ao BCE títulos de dívida
pública portuguesa e este aspecto da operação ainda mais reforça os riscos para
os contribuintes portugueses que Passos Coelho, Maria de Luís Albuquerque e
Carlos Costa negaram desabridamente. Sem ponta de pudor.
Haja vergonha!
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