Jamais foi referido por qualquer
membro do governo ou pelo supercalifragilisticexpialidoso
governador do BdP, Carlos Costa; contudo, a maior parte dos cidadãos, e porque
alguns até se integram no exército dos evadidos, sabe da fuga do ‘Novo BES’
para a ‘velhinha CGD’ e outros bancos, conquanto se ignorem os exactos valores
envolvidos. Que são avultados, imagino.
Há mais foragidos, em direcção ao
Santander Totta por exemplo, mas os 200 milhões de euros num único dia,
4-Agosto-2014, depositados na CGD, depois do anúncio do milagroso acto conceptivo do
‘velho BES’ e do ‘Novo Banco’, deixa antever que a vida deste último não será
fácil, em especial no que se refere a encerramento de balcões e despedimentos -
se o Carlos Silva da UGT, trabalhador do BES e grande amigo de Salgado, fosse o
primeiro a afastar-se, felicitaria o homem pela manifestação exemplar e
pedagógica para o contingente a abater. E o Dr. Vítor Bento, como não poderá
perder cabelo, perderá a calvície; sim, porque é muito humano.
O ‘Novo Banco’, em minha opinião,
fundada nas ocorrências anunciadas no ‘Público’,
sofrerá implacável redução de peso e significância no sistema financeiro
português. Desta trajectória de definhamento, coisa distinta não seria
expectável, senão uma procura por baixo preço para a entidade agora criada pelo
BdP em sintonia com a amanuense Albuquerque. E o prazo para a alienação, que se
pretendia curto, dependerá do preço fixado a interessados. Um factor limita o
outro.
O facto do BES “estoirado” ser
privado e a CGD entidade pública, neste jogo de fuga de depositantes, também se
torna em registo satírico; salvo, claro está, para Passos Coelho e mais o
esquadrão de neoliberais que o admiram assombrados. Então não é que toda esta tragédia,
um acontecimento de privados onde ele jurou nunca intervir, lhe frustrou
os intentos de privatizar a CGD! Com os exemplos BES, PT e outros, ficou
provado que não há a regra de serem os privados melhores gestores do que os
profissionais do sector público. O que distingue o desempenho de uns e de outros
são a capacidade, os conhecimentos, a competência e a idoneidade; e finalmente os objectivos atingidos.
Ainda relativamente a Coelho, e ao
contrário do que diz o outro, o Verão não lhe faz bem. Aliás, acho que, com
ele no governo, nenhuma estação do ano lhe faz bem… e aos portugueses em geral
ainda faz pior.
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