Sem vínculo, de militante ou simpatizante,
ao Partido Socialista, ou a qualquer outro, falo da luta entre Seguro e Costa
com distanciamento. Isto não é impeditivo,
penso, de usar a minha liberdade de expressão a quem ofende a inteligência do
cidadão comum.
Sempre considerei Seguro um
balofo e um golpista simulado. Graças a hábeis truques de magia logrou
fazer aprovar alterações aos estatutos do PS. O objectivo interesseiro é
garantir-lhe uma liderança mais prolongada e indexada à duração da legislatura.
Por outro lado, interpreto-a como
ambição do provinciano que luta desesperadamente para chegar a PM. Permitir-lhe-á
ser recebido em Penamacor e em vilas e aldeias vizinhas, em actos de
subserviência da gente humilde. Será uma espécie de caudilho da Beira Baixa,
que desfila rodeado de um pelotão de caciques.
Que Seguro, como os ex-jotinhas
do género – Passos Coelho, por exemplo –, alimente este tipo de ambições não me causa
perplexidade. Fico surpreso, isso sim, como homens com envergadura política e
cultural, como Alberto Martins e Francisco Assis, se prestam à grosseira
fantochada.
Seguro é um homem pobre de ideias
e capacidades. Sobrevive na cultura das dúvidas, por não ter a certeza de nada.
Por isto e muito mais, o
método preferido do actual Secretário-Geral do PS é recorrer ao basismo
que, em bom português, significa:
O homenzinho, de facto, pouco ou
nada sabe de matérias inerentes à chefia da governação. Aguardemos que, aos
militantes do PS, seja questionado: “Concordam
que eu, em minoria, devo estabelecer um governo de coligação com Passos Coelho?”.
“SIM”, gritarão as bases. “A TAP deve ser privatizada?”. “SIM”, responderão as
bases.
Corremos o risco de ser governados
segundo este modo folclórico, pelas gentes de Alpedrinha, Soalheira, Almeida,
Ponte de Lima, Sertã, Golegã, Cartaxo e sei lá… Ferreira do Alentejo? Aí não, c’os
alentejanos d’um cabrão ficam aporrinhados!
Mesmo quando não questiona as bases,
comete asneiras e das grossas. Um exemplo: a aprovação
do ‘Tratado Orçamental’ da Sr.ª Merkel e do Sr. Draghi.
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