O INE publicou os dados do PIB do 2.º T de 2014. Os resultados são insatisfatórios, conforme se demonstra:
- O PIB aumentou de 0,6% em cadeia; isto é, da quebra de - 0,6% verificada no 1.º Trimestre.
- A variação homóloga, relativa portanto ao 2.º T de 2013, fixou-se em 0,8%, abaixo, consequentemente, de 1,3% registado no trimestre precedente.
Certamente viciado na arrogância e no desprezo com que tratou trabalhadores - e desempregou umas dezenas - o homenzinho, como (des)governante, convence-se de estar a dirigir-se aos cidadãos deste País como de uma corja de mentecaptos se tratasse.
A 'retoma económica', vista, apenas, por ele, pelos companheiros de (des)governo, pelos deputados da maioria e acólitos dos partidos no poder, é o mote que lhe serve de impulso para desancar em quem tem opiniões diferentes. Ou seja, aqueles, realistas, que vêm na austeridade, imposta pela 'troika', o percurso em sentido inverso ao que a Economia de Portugal e a manutenção do Estado Social necessitavam: o crescimento.
Se atentarmos nas principais justificações do INE para a queda do PIB - redução da procura interna com reflexos na quebra do investimento e desaceleração das exportações - facilmente se conclui que o comportamento económico desfavorável não é influenciado por acórdãos ou matérias em apreciação no Tribunal Constitucional, como alegava, em golpe de falácia, o emproado Luís Montenegro, líder de bancada do PSD.
O governo não acerta uma e corre uma vez mais o risco de falhar nas previsões do DEO de Maio passado (página 7, n.º 8), documento em que previa o crescimento do PIB de 1,2% em 2014. Todavia, MLA não está só no falhanço. Também a Comissão Europeia, nas previsões da Primavera, fazia previsão do PIB idêntica; e mais, dizia que a inflação cairia e aqui acertaram. Ignoro quanto, porque a percentagem não foi indicada; se essa mesma Comissão admitia que, durante 6 meses consecutivos, estivéssemos em situação de inflação negativa (- 0,9% em Julho-2014), podendo estar a caminho de um penoso processo de deflação.
Uns eleitos, outros não eleitos, todos estes políticos se arrogam de destruir a vida de milhões de seres humanos. É a esta Europa que pertencemos, a do Euro, das dívidas crescentes e da destruição de históricos e legítimos direitos sociais.
É o nosso fado: o PIB, malvado, é trocista, desculpam-se eles.
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