A história 'Tecnoforma, Passos Coelho, Relvas & Cia.' tem reanimado a comunicação social e a discussão pública nos últimos dias; porém, já havia sido divulgada, em directo na SICN, por Helena Roseta, em 2012. Há bastante tempo, portanto.
Basta ouvir. O relato de Helena Roseta é simples e claro. Na qualidade de bastonária da Ordem dos Arquitectos, foi abordada por Miguel Relvas, então secretário de Estado. O governante propôs-lhe a formação de arquitectos no âmbito do programa 'Foral', financiado por fundos da UE e gerido pela Tecnoforma.
A condição de base imposta por Relvas, e que Helena Roseta refutou liminarmente, impunha que os programas de formação fossem adjudicados em exclusivo à Tecnoforma, empresa dirigida por Pedro Passos Coelho.
A revelação levou Miguel Relvas a agir contra Roseta pela via judicial. Contudo, a arquitecta acabaria por ser avisada do arquivamento do processo pelo Tribunal, extinguindo-se, assim, a condição de arguida.
Estou consciente de que o episódio inicial e seguintes ocorreram depois de Passos Coelho ser deputado e não pode ser contemporâneo dos episódios que hoje o levaram à AR. Todavia, este triângulo Miguel Relvas - então no governo de Barroso - Passos Coelho, Tecnoforma tentou, sem dúvida aliciar facilitadores de negócio, com consideráveis fundos comunitários, em benefício da Tecnoforma. É demasiado óbvio.
Relvas, tem-no demonstrado, está sempre mais próximo da sujidade. Todavia, Passos Coelho não é cidadão que garanta ser rigorosamente asséptico, livre dessa promiscuidade entre políticos, dinheiros públicos e negociatas.
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