É verdade. Uma consultora de prestígio internacional realizou estudos laboriosos. O objectivo é predefinir
com minúcia as condições precisas e rigorosas do ‘perfil de comprador’
a quem se pode impingir José Gomes Ferreira, o jornalista da SIC e assumido
porta-voz para a comunicação social do governo de Coelho e Portas.
De certo modo, o referido processo é uma réplica à ideia expressa pelo próprio Gomes Ferreira de que, uma vez vagos os lugares de Bento, Rato e Honório da Administração, é obrigatório encontrar para o Novo Banco uma equipa com duro 'perfil de vendedor', a fim de alienar o Novo Banco rapidamente; objectivo que os administradores auto-demitidos não têm capacidade para cumprir. Veja-se e escute-se:
Entre as alternativas de encontrar um comprador para José Gomes Ferreira ou um vendedor para o Novo Banco, ambos na condições de ideais, entendo que se deve priorizar a primeira. A dúvida é saber quem o compra. Qual o valor de mercado do Gomes Ferreira? Seria assim que Catroga colocaria a questão. E sinceramente, porque os 'Ridículos' se extinguiram há anos e na TV 'O governo sombra' já está preenchido por três humoristas de aviário, a cotação do Ferreira deve ser muito baixa.
O jornalista da SIC, pelo que diz, conclui afinal - e deve estar melhor informado do que Cavaco - que o projecto do Novo Banco é apenas e tão só uma questão de venda do banco. Que o plano estratégico de que Bento, presidente da administração, e Carlos Costa, governador do BdP, começaram como ponto 1 da ordem de trabalhos, ao fim e ao cabo não tem sentido.
Na tese do jornalista, o que é conforme o interesse do sector bancário - não é bem a mesma coisa que o respeito pelo interesse nacional, dos contribuintes portugueses - é conseguir, a tudo o custo, que o Novo Banco seja vendido rapidamente e a bom preço. Que idiotice? Como naqueloutra de Ferreira, há 3/4 meses, ter aconselhado os portugueses a conservarem as suas poupanças nos cofres do ex-BES, porque o banco estava bem almofadado - foi num'telejornal' da SIC com Clara de Sousa.
Gomes Ferreira, que nem economista é mas tem o arrojo de falar de matérias económicas e financeiras como sábio, aparentemente tem dificuldades em entender que a 'venda rápida', por interesse absurdo do governo e do Banco de Portugal, minimizará forçosamente o preço e colocará em causa muitos milhões adiantados por fundos do Estado que MLA negou virem a lesar os contribuintes - estou convicto de que, com a habilidade e os 'lobbies' ao seu serviço, os outros bancos serão relativamente prejudicados; mas apenas relativamente, sublinho; há que ter em conta os ingressos de novos clientes provenientes do ex-BES.
Uma vez injectados dinheiros públicos, a operação realizou-se forçosamente ao abrigo do Artigo 153.º-J508 Contribuições adicionais do Estado, da INTERVENÇÃO CORRECTIVA, ADMINISTRAÇÃO PROVISÓRIA E RESOLUÇÃO tornando óbvio que a contribuição dos empréstimos do Estado ao 'Fundo de Resolução', mais a mais na posição de largamente maioritários, é subentendido pelo governo que a ministra das finanças deve acelerar com o Banco de Portugal a alienação do Novo Banco.
No fundo, trata-se de muitos milhares de milhões que Gomes Ferreira não está em condições de calcular. E ignorando os custos patrimoniais inerentes à instituição a vender, é pura e simplesmente acto de loucos defender a venda a qualquer preço.
No fundo, trata-se de muitos milhares de milhões que Gomes Ferreira não está em condições de calcular. E ignorando os custos patrimoniais inerentes à instituição a vender, é pura e simplesmente acto de loucos defender a venda a qualquer preço.
A maioria dos comentadores, seja na economia seja na política, sempre os mesmos, não têm credibilidade. A maior parte das vezes vão debitar o óbvio, favorecendo os seus interesses, ou seja, de quem lhes paga ou arranjou o serviço. O país afunda-se num mar de desonestidade.
ResponderEliminarCompletamente de acordo. Os comentadores mais regulares das TV's portuguesas são parciais, capciosos e títeres que se movem pelos interesses de quem representam.
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