O Novo Banco é mesmo novo. Despertou
do embrião impulsionado pela reprodutividade do BCE e constitui uma
experiência pioneira na Europa.
Muito prematuramente, e ainda
longe de sonharmos com as possibilidades das intrujices do Dr. Salgado,
precavemo-nos com a legislação e o ‘Fundo de
Resolução’ precisos e detalhados, nos formatos e nos conteúdos. Sempre
fomos, somos e seremos alunos muito cumpridores. O primor do zelo europeu.
Uns mais surpreendidos do que
outros, soubemos da saída de Bento (este não é do Vaticano, possivelmente será emérito, mas tem mestrado em
Filosofia pela UCP) e respectiva equipa.
Tudo muito à portuguesa. O mandato do
BdP tinha um objectivo inicial de reestruturação e lançamento estratégico do
banco para o valorizar em 2/3 anos. Todavia, Carlos Costa, de espírito
inseguro, contraditório e de obediência subserviente à amanuense Albuquerque,
mudou subitamente de sentido e, afinal, o Novo Banco é para vender a muito
curto prazo. Fala-se no máximo em 8 meses; ao menos poderiam ser 9 como na
gravidez.
Seguiram, portanto, o conselho
(?) ou as palavras de caixa-de-ressonância do fidelíssimo Gomes Ferreira da SIC,
porta-voz do Governo, e encontraram uma administração com o “perfil de
vendedora” (sic).
Como esperado em Portugal, o
processo foi rápido. Uma vez que temos continuamente Cunhas em Stock, o
escolhido foi Eduardo
Stock da Cunha que tem, reconheça-se, um extenso currículo bancário
no Santander e tem estado ao serviço do Lloyd’s Bank, com o amigo Osório.
No currículo de Stock
da Cunha inclui-se a passagem pelo Colégio de São João de Brito, ao lado de
Paulo Portas, António Pires de Lima e António Horta Osório. Licenciado em Economia
pela Católica, e com um MBA da Universidade Nova, entrou para a MDM – Sociedade
de Investimentos em 1985 (onde esteve João Cotrim de Figueiredo).
A facção jesuíta fica, portanto,
reforçada junto de instituições dependentes do Estado e, tal como o Pires
vendia ‘Super Bock’ às paletes, o Cunha venderá o Novo Banco num ápice. Para um desempenho perfeito,
dizem, tem uma voz de pregoeiro que se ouve da Wall Street a Tóquio, passando
por todas as praças europeias.
- Olha o Novo Banco, o melhor
investimento eleito pela imprensa económica mundial! - clamará ele na Wall
Street e na City de Londres … e a venda por 5 mil milhões em menos de 8 meses é resultado
certo.
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