Juncker, essa figura sorridente, de aspecto simpático, mas muito hipócrita é, como se sabe, o sucessor de Durão Barroso, na presidência da Comissão Europeia.
A meu ver, o luxemburguês não será melhor nem pior do que o português - tal como a continuação do percurso da política da UE, da Zona Euro e de tudo o resto.
Se é verdade que, em consequência da naturalidade e da cultura, é tendencialmente pró-alemão, i.e., pró-Merkel e Schauble, é igualmente indesmentível que Barroso, na ânsia de segurar o cargo sem o mínimo conflito com o mesmo directório, empenhou-se a fundo em ser muito, muito subserviente. Mesmo antes de Juncker iniciar o mandato, o português, das vacuidades e dos discursos em voz de falsete, já venceu o luxemburguês no campeonato da insignificância junto dos líderes germanófilos. Pela reduzida relevância que a estes sempre mereceu. Juncker usará outro percurso para chegar a idêntico fim.
Na nova Comissão Europeia, perdemos a presidência e dilatámos a insignificância através de Carlos Moedas para a função de comissário. O alentejano que, sem 'troika', andava aos papéis nas funções da governação, foi compensado com um lugar em Bruxelas.
Diz o 'Expresso' que Moedas, 4.ª feira próxima, será submetido a uma 'entrevista de emprego' por Juncker. Fantasias para diversão! Já se sabe que o novo presidente da CE não rejeitará o encaixe do felizardo alentejano, um ex-Goldman Sachs de 2.ª classe, mas Goldman Sachs.
Por outro lado, também se diz que a Portugal será atribuído um 'lugar relevante'. Um 'lugar relevante' - acrescento eu - não transforma em génio um "carreirista" insignificante.
Com o projecto europeu em declínio, e sob o alto comando do Norte da Europa, nós portugueses, cá ficamos entregues à miséria que a Alemanha dita e o Coelho aplica. Não existe sortilégio possível que nos transforme em Moedas... somos apenas trocos.
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