Há mais de um ano escrevi este
‘post’ a propósito de Ricardo Salgado, do BES e da influência nociva do ilustre
cavalheiro e do banco a que ainda preside.
Como réplica, recebi a resposta telefónica
de um tal Paulo Padrão (a quem chamei Paulo do Patrão), propondo conhecer-me
pessoalmente em tons ameaçadores.
Há muito, e não é difícil, inferi
do papel tenebroso de Salgado – é a classificação mínima que lhe posso atribuir
– na Economia Portuguesa. Com cerca de 400 empresas no universo, da Escom (Angola)
aos consórcios das PPPs das vias rodoviárias à saúde, que o grupo BES exerce
sobre a economia nacional uma influência lesiva dos interesses nacionais,
A Economia Portuguesa, por braços
armados de Governos, chamem-se Manuel Pinho (ex-ministro de Sócrates) ou Miguel
Frasquilho (actual presidente da AICEP e ex-deputado do PSD) saí sempre
perdedora – os interesses públicos foram atingidos de forma infame, em detrimento
do interesse nacional, dos cidadãos trabalhadores que, mesmo os emigrantes,
sofrem os efeitos de uma calamidade social que só encontra paralelo nos tempos
da ‘Grande de Depressão’ e na era da I Guerra Mundial que a antecederam.
Várias vozes se ergueram e
reclamaram o ilegítimo de grupos privilegiados, sendo sintomático que Rita
Ferro, uma mulher afastada da esquerda e conhecedora dos meandros e
pergaminhos da família Espírito Santo, se tenha também rebelado contra Ricardo
Salgado.
Mais tarde ou mais cedo,
independentemente da tradicional complacência perante poderosos, e sobretudo banqueiros,
do ‘sistema de justiça nacional’, a verdade é um incontrolável dilúvio, difícil
de combater e muito menos ignorar.
O ‘Público’ anuncia:
Mais palavras com que fim? Os
relatos do Banco de Portugal e da CMVM são instrumentos suficientes para deixar
sem palavra todos os ‘Paulos do Patrão’ do BES… desde que as entendam, claro.
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