quinta-feira, 15 de maio de 2014

Economia Portuguesa: regresso à contracção

O ‘Público’ anuncia em título:
 “Economia trava no arranque do ano, mas investimento recupera
Mesmo quem se satisfaça com as “gordas” dos jornais, é levado a concluir que, sob a batuta da dupla Coelho + Portas, Portugal anda aos solavancos ou, dito doutro modo, a Economia do País obedece à ‘teoria do caos’: instabilidade e aleatoriedade dos resultados, a despeito dos governantes, em instrumentos orçamentais e em documentos de falsa estratégia (DEO’s), terem a veleidade de argumentar rigor e infalibilidade determinística – até o caricato Gaspar deixou a governação, desiludido com metas e resultados falhados.
A fim de evitar imprecisões, e em especial proposições demagógicas, é recomendável ler o texto completo da notícia; ou melhor ainda, aceder à fonte de informação, INE, que complementa a justificação do comportamento económico do 1.º T de 2014, nos seguintes moldes:  
A procura externa líquida apresentou um contributo negativo expressivo para a variação homóloga do PIB no 1.º trimestre, depois de registar um contributo positivo no trimestre precedente, devido principalmente ao abrandamento das Exportações de Bens e Serviços, tendo as Importações de Bens e Serviços acelerado.”
eComparativamente com o trimestre anterior, o PIB diminuiu 0,7% em termos reais.
Com o recurso a dados publicados ontem, dia 14-Maio, nas estatísticas do EUROSTAT, ficámos igualmente a saber que Portugal liderou as quedas da ‘produção industrial na UE28 (- 4,8%), sendo digno de registo que a Zona Euro (18 países) teve uma quebra geral do mesmo índice de – 0,3%, no citado 1.º T de 2014.
O Governo entende que as políticas de saída da crise – não confundir com a alcunhada “saída limpa” do PAEF da ‘troika’ – deverão sustentar-se na variável exógena das exportações; a qual não domina, como não controla a volatilidade dos juros da dívida pública, no presente em favoráveis aos países europeus em geral, por riscos acrescidos para os investidores em mercados emergentes.
Veremos como os malditos mercados reagirão aos compromissos formais prometidos pelo BCE, através do ‘super Draghi’, para 5 de Junho próximo. A valorização excessiva do euro, os riscos de taxas de inflação reduzidas ou mesmo negativas a caminho da deflação e a falta de liquidez para financiar as economias da Zona Euro, sobretudo as mais frágeis, é uma mistura complexa, das quais a evasão não é fácil. Esperemos pelas soluções!
Entretanto, ficaremos entretidos com o fado cavaquista, "Há uma nova esperança a nascer em Portugal", interpretado pela voz da amiga Katia Guerreiro, médica oftalmologista de escassa experiência em cataratas e miopia. 

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