A fonte é o Eurostat e o ‘Público’ divulga a notícia de
evolução do endividamento dos países da UE, destacando nomeadamente o seguinte:
O jornal também sublinha que, no
final do 1.º T de 2014, a dívida atingiu 221 mil milhões de euros, ou seja,
132,9% do PIB ou mais 7 mil milhões do que no 4.º T de 2013, o trimestre
precedente.
Com estes valores, depois da
Grécia e Itália, continuamos a garantir o 3.º lugar do pódio dos países
devedores da EU, ou seja, num universo de 28 nações, todas elas devedoras.
O insucesso da gestão das contas
públicas, e em especial a renúncia à ideia de reestruturar ou renegociar a
dívida continua a ser diabolizado pelo incompetente governo que nos
desgoverna, no qual, no domínio da dívida do Estado, a amanuense Albuquerque é a figura mais obsessiva e irracional na resistência ao recurso à reestruturação ou
renegociação com os credores.
O cenário económico é marcado por
uma absoluta estagnação – o
BdP anunciou um índice de produção industrial nulo (0,0) em Maio de 2014 –
e o resultado das punções depressivas do GES ainda estão longe de se revelar na autêntica expressão que vão alcançar.
Dos lados do governo, seus
acólitos e de alguns amigos na Zona Euro, ouvimos os elogios aos sucessos do
programa da ‘troika’, PAEF. Contudo, a dívida continua a crescer. No IGCP, a um
Rato fugido para o BES sucede uma Casalinho. Vai continuar a festejar-se semana
sim, semana não, a ida aos mercados para acumular liquidez… e dívida.
Se a dívida dispara, os juros
também implodem. O défice orçamental fica ameaçado e toca de carregar nas
tintas da austeridade.
Os portugueses, por anos e recusa
ridícula de uns quantos a acordos de reestruturação com os credores, tendem a
sofrer por largo tempo os infortúnios de uma austeridade que, feito o balanço,
serviu para salvar – e mal – a banca e dizimar parte substancial do frágil tecido
económico, com o subsequente desemprego e expansão da emigração de jovens qualificados.
Se com Sócrates (94% do PIB de
dívida pública em 2010) estávamos em bancarrota, a despeito da protecção de
Draghi, vamos lá voltar e de forma mais dolorosa. O risco dos juros entrarem em
alta tem probabilidade elevada, como adverte Hans-Werner Sinn, do Instituto de
Pesquisa alemão, no suplemento de ‘Economia’ do ‘Expresso’ do último sábado.
Nessa altura, toda a rataria estará já
foragida. Passos poderá voltar para as mãos do admirador Ângelo, a loura
Albuquerque talvez vá para o FMI pela mão amiga do Vítor, Portas regressará AR e
a restante tralha andará por aí, à moda do misericordioso Lopes.
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