Estou de volta! Por quanto tempo?
Ignoro. A minha vida é igual à de muita gente. Compromissos e obrigações, temperados
por imprevistos de ordem familiar e profissional, condicionam os meus desejos e
vontades, no uso do tempo; entre os quais se integra a escrita.
- Se te isolasses uma 'horinha' ao
fim de semana, evitarias o silêncio completo do ‘Solos sem Ensaio’ – têm-me
dito uns amigos. – É-me impossível – respondo.
Sinceramente, para escrever um ‘post’,
tenho ritual. Selecciono o tema, alinho ideias e formulo opiniões. Em muitas
das ocasiões, consulto literatura das áreas prevalecentes nos textos que
redijo: economia, por vício profissional, e política, com maior incidência em matérias de justiça social, em especial a desigualdade crescente no seio das comunidades.
A concentração de riqueza e
ganhos em parcelas ínfimas da população de cada país – caso
também de Portugal - a explosão da pobreza, mesmo da miséria, do desemprego
e da fome de crianças e adultos constituem fenómenos muito perturbadores,
suscitando-me revolta. São os temas dominantes a que me dedico.
Declaro, uma vez mais, não estar
vinculado a qualquer partido. Nem me nutro da utopia de uma sociedade
completamente igualitária, sem classes. Todavia, creio firmemente ser possível
destruir os batalhões de neoliberais no poder e a ideologia desumana que
perfilham e aplicam com sádico prazer. Tenho crença, portanto, na exterminação
da ganância do dinheiro por minorias e da teoria da sacralização dos mercados.
Estou de volta à escrita neste
blogue, com os objectivos de sempre. Sem a veleidade de pertencer
aos que, por talento, se exprimem com enorme imaginação e facilidade na arte da
palavra escrita, continuarei acantonado neste refúgio sempre que os acontecimentos
e condicionalismos da vida me permitam.
Saúdo os muitos que já constituíam um grupo de
leitores assíduos do ‘Solos sem Ensaio’, penitenciando-me por tão longo
silêncio. Que poderá voltar; quem sabe?
Tanta ausência já me intrigava.Foi bom "ouvi-lo". Agora venham os posts.
ResponderEliminarCaro Adelino,
EliminarA vida é complexa e nem sempre nos é possível fazer o que gostamos. Obrigado pelas suas palavras.