Chamem-lhe obsessão, capricho,
cisma … o que quiserem! Nos círculos profissionais por onde me movimentei,
conheci o perfil medonho de Ricardo Salgado e, em especial, os desmandos e comportamentos
de promiscuidade política em que o ex-presidente do BES se notabilizou – ‘Até
hoje 25 membros de Governo já tiveram ligações ao GES’ é elucidativo.
A figura de ‘Al Capone’
inspirou-me para dedicar a Salgado este ‘post’
a respeito da lesão dos interesses nacionais e estoutro
sobre o esquecimento de obrigações de contribuinte e as três rectificações de
declarações fiscais a que Salgado foi compelido, sob a complacência cúmplice do
BdP. Ambos foram publicados em 5 de Fevereiro de 2013.
Sem querer, tive razão antes do
tempo. E mais: o que critiquei e divulguei é uma gota de água no oceano de
intrujices que, a cada dia, vêm ao conhecimento do público. Além de escandaloso, e
em qualquer país de justiça célere, objectiva e isenta em termos do estatuto
dos cidadãos, o financiamento de 897 M de € pela PT ao GES colocaria em alto risco
de punição criminosa qualquer Granadeiro, que, a pedido do amigo Salgado, usasse
o dinheiro da ‘telefónica’ em manifesto prejuízo de outros accionistas e do interesse
nacional – a fusão PT/OI ficará reduzida a uma participação da PT à volta de
25%, quando se esperava ficar próxima dos 39%.
Mas os destroços espalhados pelo
BES não ficam por aqui. A CGD, o BCP e o Montepio
Geral – sou mutualista – têm uma exposição ao GES/BES da ordem dos 800
milhões de euros. O sector financeiro, a despeito de 3 anos de ‘troika’, da
“excelsa” supervisão do BdP, continua portador das mais perigosas bactérias da
crise que atinge Portugal e demais países europeus.
Neste percurso das histórias,
pessoalmente, tenho uma garantia: um tal Paulo Padrão, ‘ex-comunicador-mor’ do
BES, foi afastado por Vítor Bento – já não será o Paulo do Bento.
No tempo de Salgado, de forma
sub-reptícia e sinuosa, Paulo Padrão, director de comunicação do BES, agora
afastado por Vítor Bento, soube o meu número de telemóvel. Falou-me em tom
ameaçador com o objectivo de me conhecer pessoalmente. Certamente que os meus ‘posts’
foram incómodos para o seu ex-patrão Salgado e, zelosamente, desafiou-me para
uma refrega. Desmascarado, graças também à ajuda de amigos
do blogue ‘Aventar, o valentão recuou e calou-se.
Protegido pelo rubicundo Catroga,
espero que aproveite o tempo para reflectir e aprender a comportar-se como um
cidadão que saiba limpar as atitudes reles que o amparo de poderosos lhe
permitia.
Certo, certo é que, sendo
sportinguista e amigo de Ronaldo com quem estabeleceu contratos de publicidade
de elevado custo para o BES, deixará de ter tais poderes, assim como a
arrogância e a maldade que o próprio ‘Expresso’, em especial Nicolau Santos, denunciou.
Os poderosos e lacaios jamais me
intimidaram e continuarei sem receios. Tenho meios para me defender.
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