OK, isso é real: os bancos gregos
fechados, imposição de controlo de capitais. Grexit não é um traçado difícil
daqui — a tão temida mãe de todas as actividades dos bancos já aconteceram, o
que significa que a análise de custo-benefício a partir daqui é muito mais
favorável à saída do euro do que alguma vez antes.
Claramente, no entanto, algumas
decisões agora têm de esperar o referendo.
Eu voto não, por duas razões. Em
primeiro lugar, assim como a perspectiva de saída do euro assusta todos — eu
incluído — a troika está efectivamente a exigir agora que o regime de política
dos últimos cinco anos deve ser continuado indefinidamente. Onde está a
esperança nisso? Talvez, apenas talvez, a vontade de deixar inspirará um
repensar, embora provavelmente não. Mas mesmo assim, a desvalorização não
poderia criar caos muito mais do aquele que já existe e prepararia o caminho
para eventual recuperação, tal como sucedido em muitos outros tempos e lugares.
A Grécia não é diferente.
Em segundo lugar, as implicações
políticas de um voto sim seriam profundamente preocupantes. A troika fez
claramente um reverso Corleone — eles fizeram a Tsipras uma oferta que ele não
pode aceitar e presumivelmente fez isso conscientemente. Então o ultimato foi,
com efeito, um movimento para substituir o governo grego. E mesmo se você não
gosta de Syriza, isso tem de ser perturbador para quem acredita em ideais
europeus.
Uma estranha nota logística:
Estou de semi-férias esta semana, fazendo uma viagem de bicicleta em local não
revelado. São só umas semi-férias porque eu não negociei quaisquer folgas da
coluna. Vou estar no jornal de amanhã (hum, pergunto-me qual é o assunto) e ter
trabalhado a logística de modo a tornar a coluna de sexta-feira factível
também. Eu estava planeando fazer pouco no blogue, e terei de qualquer forma de
fazer menos do que poderia de outro modo, dados os eventos.
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