Ainda ontem, no texto deste 'post', argumentei como no 'Expresso' é importante estar nas boas graças do Dr. Balsemão. Quem diz no 'Expresso', obviamente diz nas empresas de comunicação social do grupo 'Impresa'.
O que há muito tempo está a ocorrer na SIC em termos de afastamento de profissionais é demasiado evidente através dos rostos, hoje um, amanhã outro, que se vão evaporando dos 'écrans'. Se é assim no 'front office', podemos imaginar o que sejam nos bastidores os efeitos da política de despedimentos. Ao longo dos últimos anos, foram atingidos por essa política um número significativo de profissionais.
Como sobrinho de meu amigo, meu amigo é, o Pedro Norton de Matos é a personalidade mais confiável para o Dr. Balsemão na chefia da equipa especializada em despedimentos. E que melhor instrumento de que poderiam beneficiar, para despedir fácil e baratinho, senão da revisão da legislação laboral do governo dos amigos Coelho e Portas.
A SIC, desde os gloriosos tempos de Rangel, têm andado nas mãos de uns tantos aprendizes de gestão de canais televisivos que, nada aprendendo de signficativo, permanecem nessa humilde classificação: aprendizes.
Como afastar o Norton de Matos e outros figurões intocáveis é difícil, o melhor é atacar os mais frágeis. É dos manuais do experimentalismo nas empresas. Seguindo nesta onda, a parte do processo de despedimento em curso já foi objecto de divulgação na comunicação social. Reproduzimos parte da notícia do "Diário Económico":
"A Impresa decidiu proceder a um ajustamento funcional de algumas áreas do Grupo, decidindo por isso racionalizar algumas direcções. Este processo já foi concluído , e, tal como é prática da Impresa , a rescisão por mútuo acordo foi a opção escolhida", avançou fonte oficial do grupo liderado por Pedro Norton."
Uma nota de descabelada anedota é esta referência específica:
" Antes, já António José Teixeira tinha deixado a estação. O director de informação da SIC Notícias foi substituído pelo director de informação do canal generalista, Alcides Vieira, ..." [Ah, que grande Alcides!]
Era 5 de Outubro. O comboio nunca mais chegava, o Teixeira desesperava e, de súbito, decidiu partir pelo próprio pé. É o popularmente chamado "ir andando".
Atenção que outras sociedades da 'Impresa' foram alvo de medidas idênticas, diz o 'CM'.
'Impresa', 'Somague', 'Unicer'. e mais aquelas que desconhecemos. Não há a menor dúvida de que o período pós-eleitoral está a correr de feição a grandes empresários, em matéria de redução de pessoal. É aproveitar porque, apesar de pouco provável, poderá vir o governo de esquerda e, então, mandar trabalhadores para a rua pode tornar-se em problema mais complexo.
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