quarta-feira, 14 de outubro de 2015

TRADUÇÃO: Notícia da 'Bloomberg News' de 13-10-2015

A respeito de economia e todos outros temas, é sempre útil recorrer à leitura de meios de comunicação estrangeiros. Não porque sejam estrangeiros, mas porque estão melhor informados. Abordam temas ausentes, em abundância, da nossa comunicação social. Eis a tradução citada no título:

TRADUÇÃO

Citi: As pessoas Mais Importantes em Finanças estão Preocupadas com Estas Quatro Coisas
Isto é o que os decisores políticos e investidores debateram em Lima.
Por Julie Verhage
October 13, 2015
Havia muito para os executivos da política global discutirem na mais recente das Reuniões do Fundo Monetário Internacional-Banco Mundial em Lima.
De investimento empresarial sem chama até a uma Reserva Federal a avançar em direcção ao seu primeiro aumento da taxa de juros em quase uma década, os banqueiros centrais e os chefes de finanças internacionais podem fazer a escolha de temas para digerir. O Economista Chefe do Citigroup, Willem Buiter, foi um dos participantes e publicou uma nota a descrever os quatro principais temas da discussão entre decisores e históricos clientes. Aqui estão eles.
1.       A Economia da China. O consenso entre as pessoas com quem Buiter falou foi para a estabilização na China no curto prazo, com pouco risco de uma drástica viragem para pior antes do final do ano. Observadores foram um pouco menos optimistas ao olhar mais longe.
A percepção de que a política tem sido um pouco ineficiente e difícil de compreender em alguns episódios recentes significou que alguns dos nossos homólogos viram riscos crescentes de que a China teria de enfrentar em certo momento nos próximos anos, sofrer uma desaceleração mais acentuada como se confronta com os seus muitos desafios de política.

2.       Risco de uma crise nos mercados emergentes. Desaceleração do crescimento nos mercados emergentes tem sido um importante tema ultimamente, e não foi diferente nas reuniões em Lima. A grande maioria das pessoas com que Buiter falou acredita que estes países estão a assistir a uma crise de crescimento, não a uma crise financeira.
A maioria concordou que as reformas estruturais são necessárias num grande número de Países Emergentes para lhes permitir retornar [a] qualquer coisa como as taxas de crescimento dos anos anteriores. Mas com excepção de alguns países (mais notoriamente a Índia), havia uma pequena expectativa de que as reformas estruturais que favoreciam o crescimento significativo estavam nos projectos dos Países Emergentes.

3.       Os efeitos de uma crise dos Países Emergentes noa mercados desenvolvidos. Porque o crescimento em mercados emergentes tem sido um condutor do produto interno bruto mundial desde a crise financeira, muitos expressaram preocupação sobre o impacto amplo da desaceleração do crescimento em Mercados Emergentes. Parecia haver um bom senso de optimismo nas reuniões.
Havia uma inquietação, mas bastante geral, no sentido de que os mercados desenvolvidos seriam apenas moderadamente afectados pelo abrandamento dos Mercados Emergentes e que, com a excepção parcial dos principais Mercados Desenvolvidos produtores de 'commodities' (Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Noruega), todos estariam em boas condições.

4.       As taxas de câmbio e os fluxos de capital. Uma vez que a China desvalorizou a sua moeda e surgiu a conversa das chamadas guerras da moeda, as taxas de câmbio foram obrigadas a vir ao de cimo no debate. A maioria das pessoas com que Buiter falou revelaram-se "confortáveis" com os movimentos a que temos assistido até agora, não havendo preocupação sobre os fluxos de capital:
Havia menos preocupação sobre os potenciais efeitos negativos da volatilidade da taxa de câmbio do que esperávamos. Um pouco em contraste, houve também um sentido amplamente partilhado de que os fluxos de capital internacionais eram uma fonte de vulnerabilidade para a economia mundial e alguns países individualmente. Muitos participantes pensaram que China estaria bem avisada para dar prioridade à correcção de grandes desequilíbrios domésticos antes de tentar prosseguir a liberalização da conta capital.

E o que, pode o leitor perguntar, Buiter pensou das discussões?
"A maioria das avaliações das perspectivas da economia mundial foram mais optimistas do que nossas próprias expectativas", o economista salientou.

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