Tivemos divergências. Contudo, a forte amizade e a comunhão de valores da vida prevaleciam, e de que maneira, sobre as pequenas quezílias que episodicamente nos dividiam.
Na verdade cristalina, ambos lutávamos por uma sociedade mais justa e respeitadora dos direitos humanos; independentemente de diferenças sociais, étnicas, políticas e religiosas - nem ele, nem eu éramos crentes - que a nossa sociedade aglutina e instrumentaliza para marginalizar os mais frágeis e robustecer os poderosos.
João José Cardoso era um homem de personalidade forte e indomável. Dotado de um nível cultural elevado, desde cedo que na sua vida, em sintonia com a irreverência coimbrã, lutou, denunciou e foi solidário com quem mais sofria pelas obscenas desigualdades neste perverso mundo em que caímos. Com pouco mais de meia-dúzia de euros no bolso, não resistia a ajudar os desvalidos que, à porta do supermercado ou do café, lhe pediam uma ajudinha para comer. E o JJ, como era conhecido pelos amigos, não claudicava no auxílio àqueles que dele careciam.
O JJ faleceu. Gelei quando tive a confirmação. Partiste, mas seja para onde for, estarei sempre contigo. Adeus João José Cardoso. Até um dia destes, homem bom.
Que imensa dor esmaga o meu espírito!
Foi-se, Carlos.
ResponderEliminarFui visitá-lo há duas semanas. Sabíamos que era o fim, mas nunca imaginei que pudesse ser tão rápido.
Um abraço amigo
Pedro, tinha um feitio às vezes difícil. Ma era extremamente humano, Partiu. Agora ele, depois eu ou alguém mais do Aventar. Sinto uma dor e uma saudade enormes.
EliminarUm abraço para ti e tudo bom para os teus.