Sinto a obrigação de homenagear Paris e a sua população, em respeito pelas vítimas da bárbara mortandade cometida na passada noite pelo Estado Islâmico. Com este propósito, seleccionei a canção 'Sous le Ciel de Paris' interpretada por Edith Piaf, a deusa eterna da música francesa.
Os bárbaros jiahdistas, através da carnificina assassina de mais de uma centena de cidadãos, acabam de prestar um serviço inestimável à xenofobia e à extrema-direita europeias. Se a Europa com o fenómeno de multidões de migrantes já formava um quadro desconexo, complexo e triste, o atentado do Estado Islâmico tende a incrementar a aversão e a intolerância em relação a cidadãos estrangeiros. Servirá para erguer novas barreiras políticas e físicas num Velho Continente, pátria modelar da democracia e da cultura.. Sobretudo, a França e a Cidade Luz que, na História Mundial, foram o berço e são o ícone que iluminou o mundo dos saberes da vida e da ciência.
No jornal 'Público', Isabel Moreira, citada aqui sem a mais pequena partícula de partidarismo e apenas em atenção ao papel de cidadã, convida-nos de forma brilhante para uma séria reflexão, ao questionar: "Quem captura quem?"
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