Vi o debate da AR e o que demais o rodeou; mas, nem sempre muito atento. Um tipo das causas fundou-se em ocupações de tarefas em simultâneo. Outro centrou-se no desinteresse causado pela falta de imparcialidade e a manipulação da opinião pública através de imagens e comentários.
A minha amiga Sarah publicou no 'fb' estas imagens. A superior foi aquela que vi na SIC-N - com fundamentado desprezo, sublinho. Da segunda, tomei conhecimento através do 'fb'.
A comparação das duas imagens, do mesmo aglomerado de pessoas, leva-nos a significações distintas. A primeira dá-nos a ideia de que a convocatória feita por certo militante do CDS correspondeu a uma multidão à frente da AR. A imagem inferior transmite-nos, com fidelidade e rigor, que estiveram apenas algumas dezenas, talvez nem três centenas, de manifestantes de direita.
Esta e outras técnicas de manipulações através da imagem é muito, muito antiga. Certos jornalistas são recorrentes nesse método de trabalho, como os da SIC-N agora comandados por um tal Alcides, homem-de-mão de Balsemão.
O truque reside exactamente em captar um grande plano de grupos que se pretendem impingir, a quem observa, como numerosos; todavia, trata-se de acção ardilosa conhecida e fácil de denunciar - os srs. jornalistas, além do mais, estão convencidos que nenhum telespectador, neste caso, ou leitor tenha tido o interesse em estudar pequenos mas ilustrativos e pedagógicos textos de Comunicação, como 'Introdução ao Estudo da Comunicação' de John Fiske. Estão redondamente enganados.
Da SIC-N, saltemos para o 'Jornal de Negócios' da triste Helena Garrido. Títulos atrás títulos, nos últimos dias de um governo em agonia, o reles jornal lança o alarme da queda do PSI-20 (bolsa de Lisboa) e do aumento dos juros da dívida pública. Todavia, os mercados apostaram em contrariar as previsões do caos do 'JN'. Hoje, o índice do PSI-20 caiu apenas 0,33% e devido ao vulnerável BCP e os juros a 10 anos da dívida pública portuguesa recuaram para 2,774%.
São legítimas as preocupações da Comunicação Social com o futuro político do país. Todavia, são inaceitáveis manobras grosseiras seja na imagem ou na palavra dita ou escrita, de forma a enganar os portugueses e, sobretudo, influenciar algumas entidades estrangeiras que dominam os mercados.
Parece-nos estarmos dominados, salvo raras excepções, por um género de imprensa próprio de um Estado não desenvolvido. Não têm autoridade para criticar o 'Jornal de Angola'. Usam exactamente os mesmos estratagemas e modelos.
Parece-nos estarmos dominados, salvo raras excepções, por um género de imprensa próprio de um Estado não desenvolvido. Não têm autoridade para criticar o 'Jornal de Angola'. Usam exactamente os mesmos estratagemas e modelos.
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