Visitei o Tarrafal há anos. Ainda estava no estado em que sempre funcionou. A chamada “frigideira” e a exiguidade das células do estabelecimento prisional do regime salazarista impressionavam – a imagem mostra uma célula que, diga-se, até era das mais espaçosas.
Lembro-me de que eu e mais dois amigos ficámos horas sem dizer palavra, pelo duro choque da visita.
Agora, ao ler esta notícia, o Tarrafal veio-me à memória, nunca imaginando que o Vaticano, espaço sagrado da santa madre ICAR, tão repleto de gente sinistra e dirigido pelo velhaco teólogo, papa Bento XVI, se atrevesse a utilizar também espaços de desumanas condições de prisão, incluindo práticas de tortura.
O perdão e a compaixão, uma vez mais se prova, são apenas vocábulos de propaganda de uma satânica igreja, autora dos maiores pecados humanos, incluindo, na sua história, a pedofilia, a ganância, a ostentação e crimes de sofrimento e morte aglutinados da inquisição e para além dela.
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