Tenho a consciência das limitações do “Solos sem Ensaio”, um blogue pessoal, despretensioso, cujo objectivo se limita à manifestação de opiniões e sentimentos do autor. Não luto por audiências, nem por notoriedade na blogosfera ou fora dela. Satisfaz-me, porém, que em pouco tempo este meu espaço de desabafos tenha sido visitado por alguns milhares de leitores.
Almejo apenas engrossar as vozes dos cidadãos que, com fundadas razões, se rebelam contra os políticos que nos têm (des)governado, e continuam a (des)governar, bem como contra os privilegiados que, saídos do nada, se perfilaram e migraram em direcção a uma classe imoral e anti-ética de novos ricos, sem princípios ou preocupações de justiça social. Sempre alavancados por essas diabólicas máquinas em que se converteram os partidos ‘políticos do arco do poder’. Organizações, de resto, adormecidas na apostasia do papel de constituírem os alicerces da força democrática de um povo que, a cada dia, é duramente massacrado e esbulhado por políticos e tecnocratas de honestidade intelectual ou material, mais do que questionável.
Os motivos do interregno do “Solos sem Ensaio” fundaram-se em obrigações profissionais e numa mobilidade geográfica intensa, complementadas, no final, por contrariedades de ordem tecnológica e de telecomunicação, ao regressar à aldeia de refúgio no desertificado Norte Alentejano.
Com muitos ou poucos a lerem-me, estou de volta. O interregno, este pelo menos, está ultrapassado.
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