terça-feira, 2 de outubro de 2012

O tempo de Relvas e o tempo da cidadania activa

Nuno Magalhães do CDS-PP está com ar de desconfiado.
A propósito das moções de censura anunciada pelo BE e PCP, o inefável ministro Relvas afirmou:
Sem filiação partidária e deixando a reacção a esse nível para Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa, limito-me a declarar que este é o tempo da cidadania, ou seja, é o momento em que larga maioria dos portugueses considera que 
“Este é o tempo tardio em que Relvas, por iniciativa do amigo Coelho ou dele próprio, deveria deixar de vez o executivo governamental”.
Os tempos de um ministro podem divergir, e de que maneira, dos tempos de exigência de seriedade e de justiça social de milhões de cidadãos. Os fusos horários diferenciam-nos temporalmente e, no caso, a distância é enorme.
Ufana-se o despudorado governante dos sacrifícios – não dele, claro – do povo português e do reconhecimento internacional da política seguida; em suma, orgulha-se dos seguintes resultados:
- PIB no 1.º semestre de 2012: – 3,3%
- Défice no 1.º semestre de 2012: 6,8%
- Revisão do objectivo do défice pela ‘troika’ de 4,5 para 5% em 2012 e de 3 para 4,5% em 2013
- Previsão da ‘troika’ de quebra do PIB para 2013: – 1%
- Desemprego em 15,9% no final de Agosto de 2012
- Dívida pública total de 187.059 milhões de euros em Julho de 2012
Tomando como peça de comparação o Orçamento Rectificativo de Abril de 2012 do governo, Relvas ou é de facto especialista em topetes ou não sabe bem do que está a falar. Para mim, sofre de ambas síndromas. E cronicamente.

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