Helena Matos é uma alma ainda mais desassossegada, caso não critique tudo e todos que divirjam das opiniões que defende; mesmo aqueles que se integram na sua área política.
Em post titulado “Mas o que é isto?”, ressabiada ou carente (não entendi, nem interessa), dá forte e feio no colega de blogue e deputado do PSD, Carlos Abreu Amorim. Motivo: o parlamentar do Norte reconheceu méritos ao adversário político, Francisco Louçã, a despeito de subscrever um projecto ideológico muito distinto e oposto ao do bloquista.
A certa altura a incomodada Helena questiona e responde de dedo em riste:
“Naquilo que o Carlos Abreu Amorim escreveu sobre Louçã falta o essencial: poderia o PSD bancada a que o CAA pertence ter um deputado que usasse aquele tipo de linguagem e aquele estilo acusador? Não.”
Certamente por amnésia de conveniência, varreu-se-lhe da memória o “Vai para o caralho!” disparado por José Eduardo Martins (PSD) para Carlos Candal (PS) na anterior legislatura.
Francisco Louçã ou Jerónimo de Sousa, anos a fio na AR, jamais foram capazes de usar tão grosseira obscenidade que, pelos vistos, é bem acolhida por Helena Matos.
Se a notabilíssima ensaísta cuidasse de fazer uma inventariação histórica das obscenidades proferidas por deputados do arco do poder, não teria redigido tal ‘post’. Ou teria? – apesar da exclusividade da autoria de reles grosserias de políticos do citado ‘arco do poder’.
(Adenda: não tenho qualquer filiação partidária, nem a menor objecção de reconhecer méritos e qualidades de políticos – de esquerda ou de direita).
Sem comentários:
Enviar um comentário