O fenómeno dura há demasiado tempo. No início de cada semana, os portugueses confrontam-se com o aumento dos combustíveis. Esta 2.ª feira, anuncia o ‘Público’, os incrementos de preço estimam-se em dois cêntimos na gasolina e um cêntimo no gasóleo.
O mercado de abastecimento público, constituído por dois segmentos de fornecedores, os postos de supermercados (mais económico) e as tradicionais gasolineiras (BP, Galp e Repsol, à cabeça), em termos de agravamento de preços, tem funcionado de forma conjugada e regular nos movimentos de preços. ~
Como é sabido, o papel da ‘Autoridade da Concorrência’ tem sido questionado por vários quadrantes, justamente devido à conjugação dos fornecedores nos aumentos de preços.
Sem produção própria de combustíveis fósseis – aliás, escassa na Europa – reforça-se a necessidade de controlar os preços de venda; mas, o governo, se quisesse evitar a concorrência de Espanha, optaria por diminuir a carga fiscal – o imposto da gasolina é 10% acima de Espanha, sendo igual no gasóleo – ver mapa de preços e impostos da Comissão Europeia de 14 de Janeiro passado.
Os efeitos sobre a Economia Portuguesa são nocivos e óbvios: falta de competitividade, quebra do consumo e eliminação de postos de trabalho.
Como se demonstra pela curva a seguir representada:
A procura diminui na proporção inversa do aumento dos preços (Teoria dos Preços, em Microeconomia). Este é justamente o princípio a que Vítor Gaspar não atende nos aumentos de impostos, vindo a deparar-se com a queda das receitas fiscais – os impostos ou incorporam os preços (IVA) ou afectam os rendimentos (IRS).
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