Fonte: 'Público' |
Os caminhos do caos, iniciados pelo
governo anterior, são o trajecto eleito e firme da actual governação. Passos Coelho,
sob a batuta do bancário Gaspar, não desiste da profunda destruição que
idealizou para o País.
Recusou-se, pois, a inverter o
sentido da caminhada. A pobreza e a catástrofe social são chagas de que a sua
governação não abdica. É uma patológica obsessão.
O desemprego dispara, o défice derrapa, a dívida cresce e o crescimento encolhe. Porém, o afundamento e desestruturação social, segundo doentias
convicções do PM, são fenómenos normais. Ainda agora, em Viena, minimizou o
descontentamento popular. Será por ignorância ou idiotice? Provavelmente uma
mistura dos dois males.
Na fé imensa de que o PAEF nos
transportará ao paraíso, a cretinice leva-o a entender que 1.200.000 de
desempregados é um registo social de somenos, recuperável no âmbito do projecto
neoliberal que ele próprio nem sabe do que se trata. Havemos de desfrutar, dizem ele e
Gaspar, de um momento regenerador, daqui a 5, 10, 20 ou 30 anos. Teremos, então,
níveis de investimento avassaladores na absorção de mão-de-obra de todas as
qualificações e especialidades.
As medidas de cortes de 800 milhões,
de que a ‘troika’, em detrimento do povo português, terá o privilégio de
conhecer em antestreia, será a fruta amarga em cima do bolo de carne de cavalo
com que Gaspar e Coelho intoxicarão os portugueses em 2013. Na sequência de tão
perversas oferendas com que nos têm brindado.
Os funcionários públicos serão os
eleitos para a nova etapa da desgraça; desgraça esta que já começou com os
professores – veja-se a abjecta desproporção entre o batalhão de candidatos, 23.000, e o número de vagas, 607, oferecidas pelo ministério do ex-esquerdista Crato.
É este género de gente, flutuante em
função de cargos e tachos, que, quilómetros em acima de quilómetros, assume os
poderes de nos fazer percorrer apressadamente o caminho do caos.
Canalhice!
Sem comentários:
Enviar um comentário