Os portugueses, espanhóis, gregos, irlandeses, italianos e outros não elegeram Draghi.
A escolha da presidência do BCE, fosse Draghi ou outro o nomeado pelos líderes europeus e o ECOFIN, não foi, pois, objecto de sufrágio pelas populações dos países que integram a Zona Euro. O mesmo sucedia com o antecessor Trichet. Há neste processo um manifesto défice de democracia. Sobretudo, porque o eleito, transcendendo os poderes, influi de forma decisiva e nefasta na vida dos povos.
A perguntas fundamentadas da deputada Elisa Ferreira, o cúmplice na ardilosa manipulação das contas públicas gregas, ao serviço da Goldman Sachs, respondeu secamente:
Na linha do que dizem certos estudiosos da ciência política, a democracia serve para eleger governos. Porém, os actos e as opções de governação são impostas por órgãos ou actores exteriores ao processo democrático, e por vezes externos aos próprios países, sem que, portanto, se respeite a regra do sufrágio popular.
A uma União Europeia vocacionada para a coesão económica e social que me impingiram, e a uma Zona Euro sem as âncoras da união económica e fiscal, rejeito pertencer. Ainda por cima com Constâncio, Gaspar, Coelho e Portas a desempenhar o papel de criadagem servil do todo poderoso italiano.
Sair do euro não é um ímpeto irracional de revolta. Corresponde, isso sim, ao objectivo sensato de evitar a Portugal e aos portugueses o bloqueio total eminente da economia do País. Ainda no Sábado último, o Prof. João Ferreira do Amaral, denunciou justificadamente na Fundação Calouste Gulbenkian, os riscos e o caminho do bloqueio que estamos a percorrer.
Não elegi Mário Draghi e quero-o fora daqui. Como português e patriota, tenho esse direito, ao qual limitadas mentes teimam em classificar de utopia.
Está na altura de invocar a declaração de independência...
ResponderEliminarPlenamente de acordo.
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